Modelos malhadas e biquínis ousados ditam verão de Miami

Biquínis grandes ou bem pequenos, mas ousados, muitas tiras e modelos saradas, com coxas e quadris bem mais fortes do que os das meninas que desfilam nas passarelas do mundo todo. As tendências apresentadas no Swim Miami, que não leva mais o nome da Mercedez-Benz, assim como a Semana de Moda de Nova York, até podem trazer alguma lembrança dos desfiles de moda praia do Brasil, mas ainda causa estranheza a nós, brasileiros e brasileiras.

Aliás, a moda praia brasileira ainda é referência. Não à toa, o estilista Amir Slama, que participou da feira, mas não desfilou, recebeu homenagem especial de Laurence Bigio, herdeira do GB Group, representante da Texaco. Amiga e cliente do brasileiro, fez um coquetel em sua casa na última sexta-feira (17), já que há quatro anos, Amir não aparecia por lá. Adriana Lima participou da festa. 

Outras marcas brasileiras estiveram no evento, como a Lybethras, que desfilou sua coleção inspirada no estilo Boho Chic e em musas como Brigitte Bardot e Jane Birkin. A modelo gaúcha Julia Pereira pisou a passarela com peças assinadas por ela para a marca também do Rio Grande do Sul, com maiôs e tops com detalhes em macramê, crochê, conchas, penas, pedrarias e rendas.

Cavadas

Entre as principais tendências apresentadas nas passarelas de Miami, destacaram-se as calcinhas grandes, que sempre foram as queridinhas das americanas, mas com detalhes extras, como as tiras, mais grossas e mais finas. O enfeite também entrou em alguns modelos mínimos, que chegam a assustar até mesmo algumas brasileiras. Cobrindo apenas o que realmente não pode aparecer, as fitas complementam a peça. Tanto que algumas publicações americanas destacam a necessidade de fazer a depilação chamada brasileira, bem cavada.

Na parte de cima, os sutiãs também realçam os seios, mas muitas vezes sem dar o apoio necessário e sensual que muitas peças oferecem. As amarrações marcaram presença nos tops, assim como algumas transparências, presentes em maiôs. Aliás, os bodies decotados ou de mangas longas também desfilaram. Claro que havia estampas, mas o nude e tonalidades básicas marcaram várias coleções.

E se nós estamos acostumados a ver modelos com poucos músculos e quadris finos desfilando nossas marcas de moda praia, lá a coisa mudou de figura. Muitas delas pareciam ratas de academia, com coxas, glúteos, abdômen e braços para algumas “rainhas fitness” ficarem com inveja.

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