O térreo do tradicional Edifício Virgínia, no Centro de São Paulo, construído em 1951, foi cenário do desfile de Fernanda Yamamoto, no último dia da 55ª edição do SPFW.
O prédio passará por restauração a partir desta segunda-feira (29), sendo apresentada pela estilista a última performance artística que o espaço de 11 andares recebeu nos últimos meses.
As paredes e as colunas de concreto descascados acolheram as peças de Fernanda, carregadas de urbanidade mescladas à apurados trabalhos manuais.
A estilista fez roupas sob medida para amigos e parceiros, sendo 22 mulheres e 8 homens, em tons de cinza, preto e branco, iluminados com toques de amarelos e rosa vivos. Tudo combinado perfeitamente com o lugar.
Peças amplas, estruturas e sobrepostas, em tecidos transparentes ou pesados, vinham com plissados delicados ou ondulados e, muitos, recheados de vidrilhos e pedrinhas aplicadas.
A construção com quadrinhos, que fazem parte da história de Fernanda, surgiram reinterpretados, seja em bordados ou construídos em forma de casacos. Não faltaram ainda costuras aparentes, como se estivessem lá para dialogar com as paredes do prédio, que agora receberão roupagem nova.