Fernanda Lima, rendeiras e Olimpíada no quinto dia do SPFW

23 out 2015 - 10h57
(atualizado às 10h58)

Com Fernanda Lima na passarela de Juliana Jabour na Bienal, o quinto dia da 40ª edição do São Paulo Fashion Week começou cedo, com desfile às 10h30 na Barra Funda, para apresentar coleção-cápsula de Lethicia Bronstein para a Riachuelo. Com rendas para uso no dia a dia, as peças já estão à venda das lojas da rede de fast fashion, a partir de R$ 39,90. Na plateia, Sophia Abrahão com vestido preto da nova linha da estilista queridinha das celebridades. Da Barra Funda, a atriz e cantora foi para a Bienal do Ibirapuera e trocou de roupa para ver Gloria Coelho e sua inspiração nórdica. 

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O dia teve ainda o delicado desfile de Fernanda Yamamoto, com rendas do Cariri e suas mulheres rendeiras também na passarela. O brilho é uma das tendências da temporada, que pode ser vista em Lolitta, com seu tricô em prata, cobre e dourado com referências nas armaduras dos guerreiros medievais e uma boa dose de sensualidade. E mais brilho e luxo em Lino Villaventura, com direito a modelo andrógino (Goan Fragoso). Com louros e cadarços, a Osklen fez uma homenagem à Olimpíada do Rio. Confira o resumo das coleções de inverno 2016.

Em clima de romance, Sophia e Sérgio Malheiros se beijam durante o SPFW Inverno 2016
Em clima de romance, Sophia e Sérgio Malheiros se beijam durante o SPFW Inverno 2016
Foto: Peter Leone / Futura Press

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Nórdicos

O primeiro desfile na Bienal foi o de Gloria Coelho. A estilista pegou as referências da Escandinávia, misturou com Japão, Inglaterra, frio, neve, tribo, ilhas, grunge, como está no seu material de divulgação, e colocou seu dedo criador nas roupas para imprimir sua digital, inconfundível. Estão lá casacos, com mangas que podem ser despregadas, jaquetas com zíperes, vestidos, blusas, calças em tons que vão do preto ao off-white, passando por marinho, Scarlet, cinza, prata, ouro, cobre, gelo, bege e marrom. Destaque para as botinhas tipo tênis, até acima do tornozelo, brancas e pretas, e para as botas em couro de cores diferentes, colocadas de forma geométrica, que faziam par com desenhos parecidos com os das meias, o que dá uma continuidade ao look, efeito que ajuda a alongar, mesmo com estampas. As peças em couro tricolor ou monocromático, também merecem atenção, assim como as confeccionadas com tiras, criando falsas pregas, e os jogos de fitas, que servem para amarrar e/ou ficar penduradas, dando um movimento aos looks.

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Pelos ganham espaço nas mangas de jaquetas de Gloria Coelho
Foto: Rodrigo Moraes / Futura Press

Mulher rendeira

Fernanda Yamamoto levou ao pé da letra a ideia de trabalhar com as rendeiras do Cariri, região a 250 km de João Pessoa, capital da Paraíba. A estilista criou novas imagens para as tradicionais rendas Richelieu, principalmente geométricas e desconstruídas, uma ousadia que deu certo. No final do desfile, depois das modelos, as próprias mulheres rendeiras entraram na passarela vestindo suas criações. Recado: as roupas feitas por elas podem ser usadas por todas as mulheres. Até mesmo a avó de Fernanda, Michiko Yamanish, 83 anos, deu sua primeira volta pela passarela, emocionada. 

Fernanda Yamamoto levou sua emocionada avó para a passarela do SPFW
Foto: Rodrigo Moraes / Futura Press

Em cores que variavam das terrosas, cinza ao branco, Fernanda também propõe um inverno solar, com as cores agrestes e ainda com verdes, azuis, pinks em trabalhos de tye-die, que podem ser usados no frio, no calor, no clima temperado. Uma roupa atemporal, para mulheres de todas as idades e de todos os corpos. As mulheres que tecem com magia esse artesanato feito de algodão e alma.

Em seu 5º dia, o São Paulo Fashion Week exibe a coleção de Fernanda Yamamoto para o inverno de 2016
Foto: Rodrigo Moraes / Futura Press

Fernanda Lima em clima anos 80

Fernanda Lima fez duas entradas para Juliana Jabour, uma com vestido preto curto e aplicações geométricas de tecidos em cores primárias, como azul e vermelho; e outra com look também preto de franjas em camadas e triângulo amarelo na frente e atrás. Com cabelo preso em coque banana, Fernanda parece que não foi reconhecida pela plateia em suas entradas, a não ser no fim, ao lado da estilista. “Mas é ela?”, comentou uma das convidadas.

Fernanda Lima desfilou para Juliana Jabour no SPFW
Foto: Peter Leone / Futura Press

Juliana Jabour segue as tendências vistas até agora na temporada, de silhueta alongada, franjas, estampas. Desta vez, buscou inspiração nos anos 80. Sua interpretação para a década foi apostar na geometria, seja na estamparia, com aplicações em cores primárias, com preto e branco, em listras e círculos, num mesmo look, além de verdes também em listras.

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Juliana Jabour aposta em franjas, listras e figuras geométricas para sua coleção de inverno 2016
Foto: Rodrigo Moraes / Futura Press

Guerreiras medievais

Lolita Hannud, da grife Lolitta (com dois T) transformou suas “lolitas” em Joana D´Arc, com armaduras medievais, em fios de tricô com brilho inspirado nos metais dos cavaleiros. A ideia veio de uma viagem a Praga, onde a jovem estilista se aproximou dessa época histórica. E deu certo. 

Especialista em tricô ajustado, com fitas de bandagem, a grife trouxe peças que podiam vir rentes ao corpo ou com composições mais amplas, plissadas, em camadas sobrepostas em duas cores, como o dourado e o prata.

Cores metálicas dominam desfile de Lolitta no SPFW
Foto: Rodrigo Moraes / Futura Press

As guerreiras propostas por Lolita não abandonam seu lado sensual, que surge também com tramas de cestarias, franjas (elas de novo) e rendas. Se há muito tons metalizados, o preto aparece como fio condutor desse exército.

A inspiração para os looks foram as armaduras da época da Idade Média
Foto: Rodrigo Moraes / Futura Press

Para sonhar

Lino Villaventura mostrou o que sabe fazer tão bem: nervuras, bordados e peças estruturadas, com fios de seda, cristais e pedrarias. Ou seja, trouxe roupas para sonhar, com a impactante mistura de toucas de silicone e vendas nos olhos. No casting, o modelo andrógino Goan Fragoso, que desfilou com um casaco bordado colorido de fundo preto, com touca e tapa-olho no mesmo tom. Para aumentar a dramaticidade, as modelos faziam poses e abriam os braços para os fotógrafos no fim da passarela, como a que vestiu look todo branco que abriu o desfile. Algumas peças foram bordadas com fios de ouro e prata, cristais. Os tecidos também são sinônimos de riquezas: seda nas mais variadas versões, como pura, tafetá, organza, gaze e trabalho de tear com fios. Sempre poderoso.

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Goan Fragoso desfilou para Lino Villaventura no SPFW
Foto: Rodrigo Moraes / Futura Press

Rio 2016

O espírito olímpico tomou conta de Oskar Metsavaht para criar a coleção de inverno 2016 da Osklen. As roupas que estarão nas araras no período da Olímpiada do Rio de Janeiro vêm impregnadas de louros da vitória (nas estampas), de cadarços grossos em vestidos e casacos de moletom, lembrando tênis. Roupões de atletas com faixas largas em quatro cores, em referência às bandeiras, e camisetas regatas com decote nadador também desfilaram. As referências literais acabam aí, mas o DNA carioca da marca continua. Dos looks em preto e branco do começo e do fim, estes mais soltos e fluidos, aos vestidos e macacões de veludo de seda monocromáticos (mostarda, vinho, verde, preto), a Osklen trouxe seu lifestyle que une o conforto com a elegância descontraída. 

Louros da vitória foram inspiração para looks da Osklen
Foto: Rodrigo Moraes / Futura Press
Com inspiração na Grécia antiga, Osklen fecha 5º dia de desfiles
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Fonte: Ponto a Ponto Ideias Ponto a Ponto Ideias
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