SPFW fecha temporada com góticos e andróginos da Amapô

Elas já colocaram sertanejos e axé na passarela, as estilistas Carolina Gold e Pitty Taliani, da Amapô, escalada para encerrar a 40ª edição do SPFW, levou uma legião de vampiros, góticos e andróginos para mostrar sua coleção de inverno 2016. Com muito veludo preto e vermelho, a grife surpreendeu a plateia, depois de 1 hora e 20 de atraso (estava marcado para as 20h) com uma passarela vermelha e cruzes espetadas no fundo.

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Seres da noite, literalmente, fizeram parte do casting, formado por nomes conhecidos no cenário noturno paulista: a DJ Marina Dias; o designer de acessórios Christopher Alexander; a hostess Melissa Depeyre; o modelo andrógino Goan Fragoso e outros modelos que fogem do padrão fashion beauty.

O primeiro look já era impactante, todo preto, com um touca tipo arrastão, o modelo masculino vinha com jaqueta de couro acinturada e várias pregas. Depois, uma sucessão de peças com tramas de aranha, inclusive nos brincos assinados por Christopher, calças flare, vestidos de redes e também estampas misturadas, em cores vivas.

As meninas da Amapô talvez mais uma vez tenham chocado o público comum, por exemplo, quando um modelo barbado, com vestido preto curto e brilhante e meia de teia de aranha, entrou na passarela. Mas os fundamentos da grife - corte perfeito para calças e jaquetas estruturadas - estavam lá, mesmo com as arquiteturas de algumas peças que enfatizavam os ombros, como no conjunto de calça e jaqueta todo branco vestido por um modelo de cabelos pretos curtos e lisos, que lembrava o capitão Spock.

Vieram também looks verdes e marrons, com babadinhos e drapeados, mas a calça flare e jaqueta vermelhas com detalhes em preto, vestido por Marina Dias, deu um ponto final à inspiração punk/vampiresca. Ou quase, porque todos os modelos ficaram no fundo da passarela durante o desfile e, para terminar, fizeram poses e mais poses macabras. Depois, pegaram as cruzes e saíram da sala pela porta da entrada, numa passeata noturna, típica desses seres.