Fala meus amores, Angélica Almeida na área! Hoje vamos falar de um assunto polemico e desafiador para o personal trainer: dor no joelho ao fazer agachamento. E a primeira opção é não fazer mais o exercício. Mas é exatamente aí que começa a complicar a vida da professora.
Vamos entender primeiro se é uma patologia, enfraquecimento muscular e que grau está essa dor no dia do treino. Claro, se estiver num quadro agudo e não conseguir realizar nenhum tipo de movimento é melhor esperar.
Com o envelhecimento temos perda muscular e óssea. Essa perda se inicia por volta dos 30 anos e mais rapidamente nas mulheres. Por isso, muito se escuta sobre queixas de condromalácia patelar (desgaste da cartilagem do osso da patela, rótula do joelho). Já na tendinite patelar é preciso avaliar a dor do aluno. Por isso, se tem alguma restrição física, o ideal é o acompanhamento com o profissional da área.
Mas, afinal, posso fazer agachamento?
Não só pode como, deve! Mesmo antes de andar, nós agachamos. Agachar é um movimento natural que está presente no seu dia a dia e que se repete várias e várias vezes: sentar-se no vaso sanitário, cadeira, ao se deitar e se levantar, se sentar no carro, no chão. Claro que em ângulos diferentes, mas você é capaz.
Um movimento que nosso cérebro aprendeu coordenando várias funções. E que recruta vários grupos musculares e articulações ao mesmo tempo (joelhos, quadril, tornozelos). Esses dois fatores fazem com que, durante o movimento, exista uma distribuição do peso entre as articulações e os músculos dos glúteos, quadríceps, posteriores da coxa e até a panturrilha. Assim, a sobrecarga nos joelhos é menor.
O que se recomenda é trabalho de exercício de aumento de força da musculatura da perna para melhora do movimento. Assim, será possível distribuir de forma correta a divisão do trabalho, sem sobrecarregar os joelhos.
Cuidados
O que eu quero dizer é que não precisa agachar até o chão com 100kg nas costas. Esse trabalho é gradativo. A realização do movimento correto é mais importante que a sobrecarga.
A cinesiofobia (condição onde o indivíduo sente medo excessivo) também limita o movimento em si. Medo excessivo, irracional de sentir dor em uma determinada atividade.
É importante entender que o medo é uma reação natural do corpo, que tem objetivo de protegê-lo, mas passa a ser considerado um transtorno quando incapacita ou prejudica a qualidade de vida da pessoa.
O primeiro passo é confiar no profissional que está te acompanhando, avaliar nível de esforço, nível de dor, ser sincero quando não sentir, por ter medo do treino ser intensificado e realizar avaliação física regularmente.
Espero que essa informação te ajude de alguma forma.
Até a próxima!