Vivemos um tempo de crises e quando falamos em crise, podemos pensar em traumas, stress, doenças e campo energético enfraquecido. Mas, como em toda crise, vivemos um tempo de oportunidades de transformação do corpo, da mente, das emoções e da alma.
É um tempo que sabemos que somos plásticos, moldáveis, e que podemos, através de um trabalho disciplinado, nos transformar. Transformamos nossos corpos, nossas emoções, nossas mentes; nossas vísceras e nossa psique são uma coisa só, funcionalmente idênticas, porque tudo em nós e fora de nós está conectado.
Sabendo que tudo em nós pode ser transformado, podemos começar do começo, falando sobre autoestima, que é diferente de narcisismo. Primeiro vamos entender que autoestima tem a ver com a opinião que tenho de mim mesmo, com o valor que dou a mim.
Se consigo ver em mim qualidades que admiro e tenho uma opinião positiva sobre o que vejo, tenho uma alta autoestima. Se, ao contrário, só consigo enxergar erros e defeitos, se tenho uma opinião negativa sobre mim, tenho uma baixa auto estima. Narcisismo é algo totalmente diferente e passa por um transtorno de personalidade em que existe uma obsessão em valorizar a própria imagem.
Sabendo que somos plásticos e moldáveis, precisamos construir um novo olhar sobre nós e a vida, deixar de lado o determinismo que marcou nossa sociedade e lembrar que nada é definitivo ou imutável.
A autoestima começa a ser construída na infância, através da valorização que os pais e o ambiente que vivemos dão aos talentos que todos nós temos. Infelizmente, na maioria das vezes, nossos talentos são bloqueados por desejos e recalques dos pais. E, como crianças, nos adequamos àquilo que nos dá segurança, que é a aprovação dos pais.
A boa notícia é que, a partir do olhar do adulto que nos tornamos, podemos transformar uma autoestima frágil e negativa em uma alta autoestima; uma construção feita com consciência, com nossa verdade mais profunda, com nossa essência, com nossa alma. Acessando talentos que foram deixados de lado e potencialidades que foram reprimidas, podemos começar o trabalho de transformação. Para colocar em andamento esse processo, você precisa saber que a perfeição não existe, que o segredo está sempre no equilíbrio.Comece a fazer algumas perguntas a si mesmo e procure conhecer as respostas. Pergunte-se:
O que eu faço de melhor e que me faz sentir-me especial e diferente de todos?
- O que devo fazer para trazer de volta meus talentos naturais, que ressoam em meu coração?
- Quais crenças que tenho sobre mim e devo mudar?
Você deve entender que precisa começar com pequenos passos e deve valorizar cada conquista. Existe em você, uma criatividade espontânea, que foi, de alguma maneira desvalorizada e uma criatividade reprimida, acaba com nossa autoestima. Você precisa retornar à criança que você era e lembrar como você se sentia quando estava sozinha; qual a brincadeira que você mais gostava, que deixava você mais feliz? Dessa maneira, você vai poder contactar sua verdade, seu coração, sua alma, seus verdadeiros talentos. E encontrando seus verdadeiros talentos, você começa a investir em si mesmo e sentir orgulho de quem você é.
Não se esqueça nunca que seus talentos estão aí, escondidos dentro de você. O Universo nos presenteia com talentos e potencialidades que devem ser despertados, aperfeiçoados e alimentados por nós. Mas você só vai conseguir fazer renascer talentos inibidos, entrando em contato com a criança que você foi.