Homens apostam em próteses de silicone para definir peitoral

A prótese masculina é quadrada e mais firme, e a cirurgia também apresenta diferenças em comparação à realizada nas mulheres

5 mai 2015 - 14h43
(atualizado em 6/5/2015 às 08h48)
Fotos publicadas no Instagram pelo médico americano Mossi Salibian, que mostram resultado do implante em paciente com síndrome de Poland
Fotos publicadas no Instagram pelo médico americano Mossi Salibian, que mostram resultado do implante em paciente com síndrome de Poland
Foto: @drmossi/Instagram/ / Reprodução

Quando perdeu 25 kg, o cabeleireiro Rodrigo Cunha, de 29 anos, ficou com o peitoral flácido. Para eliminar o incômodo estético, apostou em próteses de silicone. Em 2013, colocou uma de 230 ml. No ano seguinte, resolveu diminuir para 170 ml. “O resultado ficou maravilhoso e supernatural. Eu não sinto mais vergonha na praia”, comentou. Segundo cirurgiões plásticos, Cunha faz parte de um grupo crescente, principalmente entre 25 e 40 anos, que tem procurado por esse tipo de cirurgia. A queixa mais comum é a dificuldade de ganhar massa muscular, mesmo treinando.

As diferenças entre o procedimento masculino e o de turbinar os seios femininos começam já na prótese. “O implante feminino mais usado é o redondo, embora haja outro em forma de gota, e o masculino é quadrado. O implante feminino tem o silicone mais mole e macio, e o masculino é firme e rígido”, disse o cirurgião plástico Alderson Luiz Pacheco.

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As cirurgias também são diferentes desde a incisão. Nos homens, o corte é feito nas axilas e, na mulher, no sulco mamário ou na auréola. “Deixou-se de usar a incisão axilar nas mulheres por causa do linfonodo sentinela, que é como um marcador do tumor de mama, e a cirurgia por essa localização pode prejudicar a marcação deste linfonodo da axila no caso de haver câncer de mama no futuro”, comentou Pacheco.

Rodrigo Cunha perdeu 25 kg e ficou com peitoral flácido: depois da prótese, disse que não tem mais vergonha de ir à praia
Foto: Rodrigo Cunha/Acervo pessoal / Reprodução

Procedimento

“Os implantes masculinos são colocados embaixo do músculo peitoral maior. Existem técnicas que fazemos assim nas mulheres, porém nelas podemos colocar por cima do músculo também”, completou o cirurgião plástico Alexandre Kataoka, que também é perito do Instituto de Medicina Social e de Criminologia do Estado de São Paulo (IMESC).

Segundo Kataoka, a prótese é indicada em casos de peitorais pouco desenvolvidos mesmo com treinamento e quando o músculo não cresceu desde o nascimento, como na síndrome de Poland. “É contraindicada quando o paciente tem alguma doença que impeça a cirurgia ou apresente algum risco clínico, que vemos nos exames laboratoriais e na consulta médica”, acrescentou.

Fotos publicadas no Instagram pelo médico americano Mossi Salibian, que mostram resultado do implante em paciente com síndrome de Poland
Foto: @drmossi/Instagram/ / Reprodução

Repouso

A recuperação pede cerca de 15 dias de repouso, sendo que, com 30 dias, é possível voltar a atividades leves. Assim como acontece quando se coloca silicone nos seios femininos, não se deve levantar os braços por 21 dias. Exercícios e esforços somente cerca de três meses depois ou conforme a orientação de cada médico. 

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O resultado, segundo os cirurgiões plásticos, é discreto se o tamanho da prótese for proporcional. Exageros podem deixá-la aparente e com resultado nada natural. Os fabricantes de próteses indicam uma média de 10 anos de vida útil. A troca é realizada ao detectar algum problema, como contratura capsular (complicação em que há contração da cápsula que envolve a prótese).

Fotos publicadas no Instagram pelo médico americano Mossi Salibian, que mostram resultado do implante em paciente com síndrome de Poland
Foto: @drmossi/Instagram/ / Reprodução

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Fonte: Ponto a Ponto Ideias Ponto a Ponto Ideias
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