Ao contrário do que muita gente imagina, tomar sol para tentar disfarçar a presença das famigeradas estrias pode ser, na verdade, uma grande furada. Isso porque o bronzeado adquirido na areia pode ressecar pra valer a pele e até facilitar o surgimento de novas marquinhas no corpo.
Bastante prejudicial à saúde da cútis, a exposição excessiva aos raios ultravioleta faz com que as linhas brancas fiquem ainda mais evidentes porque elas têm menos melanócitos (as células responsáveis pela formação do pigmento), além de potencializar o tom avermelhado das marcas mais recentes devido à grande dilatação dos vasos.
“Esse contato com o sol é muito prejudicial porque deixa a pele extremamente ressecada, provocando, inclusive, a formação de novas estrias na região. Além disso, há o aceleramento do envelhecimento cutâneo e aumento dos riscos de um câncer de pele em casos extremos”, alerta Tatiana Jerez, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Por essa razão, a palavra de ordem, sobretudo nesta estação, é proteger ao máximo as linhas brancas e vermelhas do sol, evitando deixá-las amostra no período mais quente do dia (entre às 10h e 16h), sem esquecer - é claro - de adotar outras medidas de prevenção. “O bronzeado é um sinal de defesa da nossa pele diante de uma agressão provocada pelos raios ultravioleta. Por isso, devemos recorrer à proteção dos filtros solares e das barracas para mantermos as atividades ao ar livre e as idas à praia ou piscina com segurança”, ressalta a especialista.
Contudo, a camuflagem das estrias vermelhas pode ser feita com métodos mais saudáveis, como o uso de maquiagens corporais, produtos autobronzeadores ou bronzeamento a jato, que diminuem o contraste entre a pele normal e a estria, sem gerar os danos causados pelos raios UV. Além disso, também há a possibilidade de atenuar o problema.
“Elas podem ser tratadas, podendo ficar até imperceptíveis. Para isso, há diversos tratamentos que podem envolver o uso de ácidos em cremes noturnos, hidratantes especiais e até peelings ou lasers. A melhora acontece de forma gradativa, ao longo de alguns meses”, afirma Tatiana.