A história do TRX começou com Randy Hetrick, um integrante da marinha americana. Ele serviu durante 13 anos e, por isso, passou muito tempo confinado em armazéns, navios e submarinos, mas não permanecia um período grande no mesmo lugar. Por esta razão, Hetrick e seus companheiros tinham dificuldade para praticar atividades físicas. Foi então que ele teve a ideia de usar tiras de paraquedas, borrachas de barcos e outros materiais que tinha à disposição para criar um aparelho que possibilitasse uma grande gama de exercícios com o objetivo de melhorar o condicionamento físico e a capacidade muscular e que pudesse ser deslocado para qualquer lugar. Assim nasceu o TRX, que proporcionou resultados tão animadores que o mariner pediu baixa da marinha e voltou para os Estados Unidos, onde começou a estudar e aprimorar o acessório, que hoje é composto por tiras de nylon ligadas a um gancho e manoplas, semelhantes àquelas encontradas em aparelhos de musculação.
De lá para cá, muitas pessoas aderiram ao método, que também é conhecido como treinamento suspenso e tem feito muito sucesso em academias de vários países. Até mesmo as celebridades se renderam à modalidade: Fernanda Souza e Sabrina Sato usam o TRX para manter as formas em dia. E segundos os especialistas, tanto prestígio não é por acaso. “Ele trabalha a força, o equilíbrio, a flexibilidade, a coordenação, a postura e a estabilidade muscular e proporciona um ganho de tônus mais eficaz e rápido do que outras modalidades”, conta Marcia Angeli, professora de ginástica e personal trainer na academia Bio Ritmo e treinadora da Body Systems, empresa que promove aulas de treinamento físico no mundo todo, e que dá aulas de TRX. “A capacidade cardiorrespiratória também sai ganhando e os músculos do core, localizados no abdômen, no quadril e na lombar, são especialmente exigidos para equilibrar e estabilizar o corpo”, acrescenta Silvia Santilli, personal trainer que também é professora da modalidade. O gasto calórico também é alto - em meia hora ele varia entre 300 e 700 calorias.
O aparelho pode ser usado por pessoas de todas as idades e com qualquer nível de preparo físico – de iniciantes a atletas de elite -, pois a intensidade do exercício é controlada pelo ângulo de inclinação do corpo. Isso também evita que o praticante acabe usando mais peso do que consegue, correndo o risco de se machucar, o que pode acontecer em um treino de musculação sem os devidos cuidados. “Outra vantagem do método é que ele é classificado como um treinamento funcional, o que significa que, ao invés de isolar apenas um músculo, trabalha o corpo como um todo, o tempo todo”, conta Marcia Angeli. “O aparelho age sobre todos os níveis musculares, dos mais profundos, os estabilizadores da coluna, por exemplo, aos mais superficiais, como aqueles que deixam o abdômen com aparência sarada”, diz Cristiane Saddi, personal trainer e representante do TRX no Brasil.
Outro diferencial é que ele possibilita que o praticante mude a angulação das partes do corpo durante os movimentos, como a abertura do braços, o que não é permitido nos exercícios de força feitos nos aparelhos convencionais. Com isso a atividade pode ser realizada de acordo com as necessidades do cotidiano do praticante. Se a pessoa precisa se abaixar constantemente, por exemplo, pode reforçar os músculos exigidos nesse caso, simulando esse movimento durante o treino.
Resultados em um mês
Todos esses atributos permitem que os efeitos do treinamento apareçam mais rápido do que costuma acontecer nas outra modalidades. “Como o trabalho é completo e bastante intenso, com uma frequência de 3 sessões por semana já é possível perceber a melhora na flexibilidade e no tônus muscular depois de 30 a 45 dias”, afirma Silvia Santilli. “Mas quem tem algum tipo de lesão muscular ou articular deve procurar um médico antes de começar a se exercitar”, diz Marcia Angeli.
Não é preciso estar matriculado em uma academia para aproveitar todos os benefícios do TRX. Ele pode ser facilmente transportado e exige apenas um pequeno espaço à sua volta para a realização dos movimentos. “O aparelho pode ser fixado em vários lugares dentro de casa ou em um parque ou uma praça, por exemplo”, conta Silvia Santilli. “Ele também possibilita que a pessoa continue se exercitando em uma viagem, já que o aparelho é bem leve (pesa menos de um quilo), o que possibilita que ele seja levado dentro da mala sem problemas”, diz Cristiane Saddi. “Mas é indicado que a pessoa conheça o método antes de começar a se exercitar, o que pode ser feito em aulas ou com a ajuda de um personal trainer.”