No início eram só elas, só mulheres me consultavam. A década de 60 estava no seu término e o assunto que encantava e, ao mesmo tempo, aterrorizava era a “emancipação da espécie”.
Algumas pareciam desejar a autonomia e liberdade que os ventos libertários prometiam. Mas, a grande maioria se mostrava temerosa, amedrontada com sua repentina e inesperada liberdade.
Acostumadas ao jogo familiar (extensivo ao social maior), ao cumprimento das vontades impostas elos maridos, mesmo as já profissionalizadas e bem colocadas sofriam com os preconceitos, muitos deles combatidos (ou por combater) até hoje.
Essa “modernização” da figura feminina desconstruiu o modelo da feminilidade, antes tão estático e convencional, e criou uma nova mulher, essa que ainda hoje (e há tantos anos) acompanho de perto no meu trabalho – que me proporciona contato com tantas, de todas as idades, extratos sociais, profissões, crenças civis e religiosas.
Essas circunstâncias criaram novos tipos de postura e comportamentos diferentes, com novas expressões da feminilidade, diversificadas e surpreendentes. Hoje – diferente de antes – tenho contato com mulheres de inúmeros perfis: as lutadoras, corajosas, batem no peito, são emancipadas, criam filhos; as independentes que, apesar de trabalharem, procuram conservar o casamento e os vínculos familiares; as inteligentes, escalando a profissão, cuidando para não se tornarem arrogantes; tantas e tão variadas.
Apesar de tanta diferenciação, todas elas, sem exceção acreditam que é necessário viver um grande amor. Esse é o denominador comum, a força da paixão. Fico pasma, mas elas ainda adoram as ilusões sentimentais, como se fossem castas donzelas do século dezoito.
Nesse mês que se iniciou há pouco, março, mês da mulher, gosto de relembrar que, como vidente, devo fazer o possível para não destruir esse último traço de crença feminina. Sim! É possível, mesmo no mundo atual, encontrar o Grande Amor Romântico. O que não posso permitir (e dedico bastante esforço e ordenamento espiritualista) é que se procure de forma enganada, gerando erro e sofrimento.
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