Casas próximas ao mar e rios ou em regiões com climas particulares acabam sofrendo com os efeitos da umidade. Os móveis geralmente são os mais afetados, mas roupas e objetos pessoais também podem sofrer com o mofo causado pelo problema. Para driblar o inconveniente, o arquiteto Thiago Mondini, de Blumenau, dá algumas dicas.
Evite revestimentos
Segundo o especialista, aplicar um revestimento sobre a superfície com umidade só irá mascarar o problema e não resolvê-lo. Como consequência, ele acabará se soltando. “Para uma correta solução é preciso tratar a entrada da umidade, seja através da remoção do reboco existente e aplicação de mantas de impermeabilização ou mesmo através de produtos hidrofugantes, cada um com forma de aplicação específica”, recomenda. Para o acabamento final, vale evitar os produtos porosos, que estarão mais sujeitos à umidade na superfície.
Aposte em pintura específica para áreas com umidade
O material recomendado para as áreas com umidade é o epóxi, que, de acordo com Mondini, oferece resistência à água. “Já em áreas com respingos, como cozinhas e áreas de serviço, basta o uso de tinta semibrilho ou toque de seda. Esses acabamentos permitem o uso de pano úmido para limpeza das superfícies”, informa. Ele acrescenta ainda que existem produtos hidrorrepelentes que podem ser aplicados sobre qualquer superfície e que ajudam a evitar problemas de infiltração, com a vantagem de não modificar o aspecto original.
Cuide dos móveis que ficam encostados em paredes úmidas
Thiago recomenda, para estes casos, uma manta entre o móvel e a parede. “Além desta solução, é possível utilizar compensado naval na estrutura do móvel. Esse tipo de material não está tão sujeito a infiltrações e empenamento por umidade e eu costumo usar em áreas sujeitas a enchentes, por exemplo”, pontua.
Ventilação faz a diferença
O especialista afirma que muitos problemas de umidade podem ser solucionados com um bom projeto de arquitetura: a posição com relação ao sol e aos ventos é importante neste sentido. “Infelizmente, hoje em dia, nos grandes prédios habitacionais, muitas unidades ficam posicionadas de forma extremamente desfavorável. O comprador deve estar sempre atento a esses detalhes, para evitar problemas e custos futuros desnecessários”, alerta.