Os jardins de inverno geralmente são menores e têm menos plantas que os externos. Isso significa que, além de serem um “respiro” dentro da casa, requerem manutenção menos intensa. Os cuidados dependem da quantidade de luz que as plantas recebem e ao tipo de estrutura em que estão abrigadas.
“O espaço destinado ao jardim de inverno vai depender muito das possibilidades – tanto financeira, quanto de metragem do espaço”, observa a paisagista Marizeth Estrela. “Ele pode ficar próximo à sala ou na varanda, de forma que seja visto através de uma parede de vidro ou com portas de correr”, exemplifica. Mesmo embaixo da escada produzem um efeito interessante – embora isso impeça o uso de espécies mais altas, como palmeiras.
A variedade de espécies nele contidas também varia bastante e determina a forma de plantio. “Caso pegue muito sol, a dica é usar plantas altas adaptadas ao clima, que terão mais resistência, como palmeiras e árvores frutíferas. Estas, assim como a maioria das espécies de sol, devem receber adubo orgânico e pulverização foliar tipo húmus de minhoca líquido, que é mais saudável”, lista a paisagista. “As aplicações podem ser feitas uma vez por semana para revitalizar ou uma vez por mês para manutenção do vigor.”
Basicamente, há cinco passos importantes para seu jardim de inverno vingar:
Escolha das plantas
Verifique se a escolha das plantas é coerente com o espaço disponível para o jardim. As plantas mais adequadas para sombra e meia-sombra são Ciclantus, palmeira Chamaedorea, lírio-da-paz, orquídea, antúrio, impatiens, palmeira ráfis, palmeira licuala, Philodendron xanadu ou martianum e asplênios. Para espaços mais sombreados, prefira pacová, lírio-da-paz e zamioculca.
Manutenção
Na poda ou na limpeza, retire galhos secos, malformados ou quebrados e as folhas amareladas e secas.
Irrigação e proteção
Vistorie as plantas frequentemente para flagrar os bichinhos logo no inicio e tomar providencias imediatamente. Segundo Marizeth, os jardins de inverno estão mais propensos a pragas que os externos. “É preciso controlar a umidade, não deixar o solo secar nem ficar encharcado, e aplicar inseticidas orgânicos, como os chás de cavalinha e arruda, de forma preventiva semanalmente ou quinzenalmente.” Concentre a rega no período da manhã. Isso impede que a planta passe a noite com umidade nas folhas e no solo, o que diminui a incidência de bactérias e fungos.
Adubação
A intensidade e a periodicidade variam de planta para planta, por isso é sempre bom consultar um profissional. No geral, é recomendado que a adubação seja feita mensalmente. A paisagista recomenda adubos orgânicos como o bokashi. Algumas espécies, como a palmeira ráfis, exigem adubação foliar, que pode ser feita com pulverização de húmus de minhoca líquido a cada três meses. “Essa espécie gosta de umidade nas folhas e no tronco, semelhante a um orvalho noturno. Para obter esse efeito, o ideal é pulverizar a água nas folhas e no caule e regar o solo somente quando estiver quase seco.”
Respeite as espécies
As espécies que florescem na primavera e no verão, como os agapanthus e as rosas, “hibernam” no inverno. Por isso, adubá-las nessa época do ano. No caso das espécies de estações quentes, como as flores da ixora, o ideal é intensificar a adubação no final do inverno, para estimular o florescimento. Uma boa dica é escolher plantas que floresçam por mais tempo, como petúnias, violetas e antúrios.