Uma noite de bebedeira pode resultar em situações inesperadas, e, por que não, em experimentações com pessoas do mesmo sexo.
Foi o que aconteceu com a escritora australiana Brooke Hemphill, 36, que, depois de tomar umas e outras em uma boate acompanhada de amigos, teve uma pequena surpresinha na manhã do dia seguinte: uma mulher nua deitada em sua cama.
Ao invés de se lamentar, se arrepender ou simplesmente ‘abafar o caso’, ela decidiu usar a experiência como uma oportunidade de explorar um pouco mais a sua sexualidade.
Brooke decidiu ficar por um ano experimentando pessoas do mesmo sexo, e contou tudo no livro Lesbian For A Year (Lésbica Por Um Ano), ainda sem previsão de lançamento no Brasil.
Ao site do jornal Daily Mail, ela contou que o seu objetivo era ampliar o diálogo sobre a tolerância e a aceitação.
Em entrevista ao Terra , ela conta que não se arrepende e que acabou servindo como inspiração para muita gente. “Recebi muitos e-mails de pessoas que se identificaram com a minha história e me agradeceram por eu ter sido tão corajosa de contar.”
Confira a seguir os principais trechos da entrevista.
Terra: Antes da sua primeira experiência com uma mulher, você já tinha sentido interesse por alguém do mesmo sexo?
Brooke Hemphill:
A primeira vez que aconteceu eu tinha 30 anos, mas existiram alguns sinais de que isso aconteceria. Eu tinha muitas amizades femininas bem próximas, e existiram algumas circunstâncias de ‘beijos bêbados’ com meninas. Mas não pensei muito nisso no momento. Eu vivi bastante o estilo de vida de baladas nos meus 20 anos e acho que isso faz parte do caminho.
Terra: Como você se sentiu no dia depois que dormiu com uma mulher? Ficou confusa?
B.H.:
Muito confusa! Embora houvesse sinais, eu não estava esperando que isso fosse acontecer. Mas lá estava ela, deitada perto de mim em minha cama. Minha primeira reação a situações estressantes é correr, mas estávamos na minha casa então fiz a próxima coisa inteligente – a tirei de lá de forma rápida e inteligente.
Terra: Você se arrependeu?
B.H.:
Olhando agora para trás, eu me arrependo de ter conduzido a pobre garota para fora da minha porta. Eu só estava muito chocada, eu não sabia o que fazer. Mas provavelmente este foi meu único arrependimento. Explorar a possibilidade de estar com uma mulher é ter certeza de que eu não me arrependeria de nada na minha vida mais tarde.
Terra: Você contou para alguém?
B.H.:
Não contei para muita gente sobre a experiência. Não de imediato. Particularmente para minha família. Mas eles certamente sabem agora!
Minha mãe leu meu livro uma semana antes de ele começar a ser vendido. Em um festival de escritores, em minha cidade natal, Melbourn, ela se levantou e disse ao público que eu era muito corajosa em escrever o livro.
Terra: E como foi a receptividade, de um modo geral, entre família e amigos?
B.H.: Eles têm me apoiado muito, quanto à experiência que tive e quanto ao livro.
Terra: Durante este tempo de um ano mencionado no livro, você se envolveu emocionalmente com alguma mulher, ou foram apenas experiências sexuais?
B.H.:
Definitivamente foram emocionais. Eu fiquei por seis meses com minha ex, Claire. Foi uma relação muito emocional, embora eu também tenha tido uma série de relações desprovidas de emoção.
Terra: Como foi a recepção do livro na Austrália?
B.H.:
Foi muito bem recebido. Tive atenção da mídia e recebi muitos e-mails de pessoas que se identificaram com a minha história e me agradeceram por eu ter sido tão corajosa de contar.
Terra: O que você acha que essa experiência trouxe para você?
B.H.:
Muitas coisas. Eu aprendi muito sobre mim mesma e também sobre as mulheres.
Terra: Ao final do ano de experiências, você colocou um fim na bissexualidade ou agora está aberta para relacionamento com ambos os sexos?
B.H.:
Não estive com mulheres desde que terminei o livro. Estou em um relacionamento feliz agora, com um homem, então não estou interessada em ninguém, independente do gênero.
Terra: Seu namorado já leu seu livro? O que ela achou?
B.H.:
Sim, ele leu o livro. E é dedicado para ele, na verdade. Ele tem a mente muito aberta e isso ajuda de muitas formas.
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