Baby blues: o que é a condição que afetou Lore Improta após a gravidez?

Comum ao período pós-parto, o problema provoca uma série de sintomas psicológicos, como tristeza, ansiedade e insegurança

12 mai 2023 - 17h51
(atualizado às 18h56)
Quais são as diferenças entre Baby Blues e Depressão Pós-parto? |
Quais são as diferenças entre Baby Blues e Depressão Pós-parto? |
Foto: Instagram @loreimprota/Reprodução / Boa Forma

Lore Improta participou do Vênus Podcast e, durante o bate-papo, revelou que foi diagnosticada com baby blues após dar à luz sua filha Liz, que é fruto do casamento com o cantor Leo Santana. Vale lembrar que a pequena nasceu em setembro de 2021.

A dançarina relatou as dificuldades que passou após o parto. "Quando eu tive neném, eu fiquei quinze dias afastada da internet, porque eu fiquei muito fragilizada, eu fiquei muito mal", iniciou.

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"Eu fui diagnosticada com baby blues. Basicamente, eu chorava por tudo, não tinha um motivo. Minha família estava comigo, minha filha estava com saúde, meu marido estava do meu lado, nada me faltava, eu tinha tudo. E eu entrava numa cobrança: 'nada está me faltando, minha filha está bem, as pessoas estão do meu lado, eu tenho uma rede de apoio incrível, então por qual razão eu estou chorando? Então, você ainda se culpa de estar chorando, de estar triste, de estar mal, e você não consegue identificar o porquê", completou.

Ainda segundo Lore, ela teve que fazer um tratamento para que o quadro não evoluísse para uma depressão pós-parto.

"Hoje, eu consigo entender o que eu tive, porque eu gosto muito de pesquisar um pouco sobre mim, de olhar para dentro. Aí, passou esse período, eu fiquei: 'caramba, por que que eu tive aquilo tendo tantas coisas boas acontecendo ao mesmo tempo?' E aí eu fui no numerólogo e ele falou assim: 'Lore, você é muito da liberdade, você se viu numa situação onde uma pessoa estava dependendo de você 100%, que você não sabia mais como seria sua vida dali pra frente, tudo era muito novo', afirmou a famosa.

ENTENDA O BABY BLUES

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Em entrevista à  Boa Forma, o psicólogo Alexander Bez, especialista em ansiedade, síndrome do pânico e saúde mental, explicou os principais detalhes sobre o assunto.

O que é?

É um transtorno emocional que acomete muitas mulheres no puerpério, devido às flutuações hormonais que ocorrem nesse período.

"Durante a gestação, a mulher produz níveis mais elevados de certos hormônios para suportar o crescimento do bebê e, logo após o parto, esses níveis hormonais caem rapidamente, o que pode levar a mudanças de humor e outras emoções", esclarece.

De acordo com o especialista, além de todas essas questões hormonais, o desafio de ter que cuidar de um "pequeno ser humano" também é um fator que contribui para que as mulheres fiquem mais ansiosas, sensíveis e chorosas nos primeiros dias ou semanas após a chegada do bebê.

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Quais são os sintomas?

O psicólogo lista:

  • Tristeza;
  • Sensibilidade;
  • Irritabilidade;
  • Ansiedade;
  • Problemas para dormir;
  • Falta de apetite;
  • Baixa autoestima;
  • Insegurança;
  • Fadiga;
  • Impaciência.

No geral, esses desconfortos são temporários e podem desaparecer por conta própria dentro de duas semanas após o parto.

Como tratar?

Alexander afirma que, por ser um quadro transitório, nesses casos, não é necessário um tratamento médico específico. No entanto, algumas medidas são fundamentais para que a mãe consiga enfrentar a situação.

" É importante que essa mulher descanse o suficiente, cuide de si mesma, converse com outras mães, tenha uma rede de apoio e peça ajuda quando precisar", destaca.

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Baby blues x Depressão pós-parto

Ainda que sejam duas condições características do puerpério e com sintomas parecidos, o baby blues e a depressão pós-parto (DPP) são diferentes.

Enquanto a primeira é temporária e tende a durar até duas semanas após o nascimento do bebê, a segunda é um problema mais grave, podendo perdurar por meses ou até anos, quando não cuidada adequadamente.

" A DPP envolve sintomas mais complicados, que permanecem por mais tempo e podem se manifestar a qualquer momento durante o primeiro ano após o parto, exigindo um tratamento mais específico", detalha.

 

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