Assim como seus donos, cães e gatos precisam de banhos de sol para a síntese da vitamina D. Pode até parecer frescura, mas também têm de usar protetor solar porque são vulneráveis a queimaduras e câncer de pele. “A pele deles é mais sensível à radiação do que a nossa”, disse o veterinário Luiz Henrique de Araújo Machado, do Departamento de Clínica Veterinária da Universidade Estadual Paulista (Unesp)/Botucatu.
O produto deve ser aplicado em regiões com menos pelo ou sem pelo, como ponta do focinho, focinho, lado interior das orelhas, barriga e patas. É necessário maior cuidado com os amigos de quatro patas de pelo curto (da raça ou tosado) e pelo e mucosas claras.
Há protetores próprios para eles, mas se pode usar os para humanos, preferindo os indicados para peles sensíveis ou infantis sem zinco, segundo a veterinária Carolina Rocha, parceira da Dog Solution. “Os produtos humanos podem ter substâncias tóxicas para os animais, como, o óxido de zinco, que pode levar a problemas gastrointestinais. Para gatos, não utilize itens com octil salicilato, homosalato, etilhexil salicilato e dióxido de titânio, que são tóxicos para eles”, acrescentou a veterinária Carolina.
Recompensa
Segundo Machado, deve-se reaplicar o filtro a cada duas horas, no máximo, e o fator de proteção solar tem de ser a partir de 30. Uma das dificuldades é evitar que os pets lambam o protetor antes que seja absorvido. Para isso, a dica é recompensá-los logo após a aplicação, com palavras de incentivo, petiscos e passeios.
Insolação
Não pense que, só porque está com protetor solar, pode deixá-los expostos ao sol o dia todo. Coloque-os na sombra entre 10h e 15h, como indica Machado. “Excesso de calor pode levar à insolação/hipertermia. Pode apresentar convulsões e até morrer. Isso acontece muito mais do que se pensa, especialmente no verão, em locais sem sombra para o animal e quando o animal é deixado dentro do carro”, alertou a veterinária Carolina.