O chanceler de uma universidade dos Estados Unidos foi demitido após seu canal de conteúdo adulto vir à tona. Joe Gow estava à frente da Universidade de Wisconsin-La Crosse desde 2007 e conta foi avisado da demissão através de uma carta. Em entrevista, ele diz que o caso fere seus direitos constitucionais, mas que deverá continuar dando aulas como professor titular na instituição.
Joe e sua esposa Carmen Wilson, ex-professora na mesma universidade, produziram vídeos para plataformas de conteúdos adultos e já publicaram dois livros sobre relacionamento e a experiência no universo da indústria pornográfica. À NBC, ele afirma que as produções foram feitas como cidadão privado e que em nenhum momento a universidade foi citada em seus canais.
Os próprios livros foram assinados com pseudônimos, mas o casal também não fez muita questão de esconder sua identidade nas redes sociais. Nos canais em que produzem conteúdo, Joe e Carmen usam suas fotos reais. Eles também produzem vídeos de entrevistas com atores e produtores de filmes adultos.
Segundo o ex-chanceler, a demissão, que teve efeito imediato conforme decisão do conselho administrativo da universidade, fere seu direito à livre expressão previsto na 1ª emenda da Constituição americana.
O presidente da universidade, Jay Rothman, emitiu um comunicado em nome da instituição em que chama as ações do ex-chanceler de 'abomináveis'. Segundo Rothman, Joe Gow teria causado dano à reputação da universidade. O presidente também teria pedido uma revisão sobre a condição de Gow como membro titular do corpo docente.
Essa não é a primeira vez que Joe Gow causa polêmicas na Universidade de Wisconsin-La Crosse. Em 2016, ele convidou a atriz pornô Nina Hartley para uma palestra em um evento da 'semana de liberdade de expressão'. Na ocasião, ele afirmou que o convite era condizente com a proposta do evento.