As mordidas de cachorro são sempre uma possibilidade quando entramos em contato com animais desconhecidos e, embora alguns cães sejam extremamente dóceis, muitos também são bastante protetores, podendo reagir com agressividade quando alguém se aproxima de seus proprietários.
Tendo em vista que o número de cães abandonados também é grande, saber como proceder ao levar uma mordida de cachorro é de grande importância para manter a saúde em uma ocorrência deste tipo; já que, muitas das doenças presentes nos animais também podem acometer os seres humanos, e provocar consequências bem graves.
Os motivos para que um cão morda alguém são bem variados, e incluem desde a sensação de perigo por parte do animal até o seu instinto de proteção às crias ou aos donos. Podendo causar ferimentos de penetração ou laceração, as mordidas são ainda mais perigosas quando o cão faz parte do time dos que têm mais força na mandíbula - como o Pitbull, que pode provocar uma pressão de até 200 quilos em uma simples abocanhada.
Seja qual for o ferimento provocado, a primeira e mais importante providência a se tomar após uma mordida é a higienização do local, e a região atingida deve ser lavada imediatamente com água e sabão. Feito isso, é indicado que um produto anti-bacteriano seja usado para limpar a região por, pelo menos, cinco minutos ininterruptos; deixando que água em abundância escorra sobre a ferida nos próximos cinco minutos após a limpeza.
Alguns ferimentos (normalmente, os que causam lacerações) podem provocar a perda de muito sangue e, nestes casos, é preciso aplicar pressão sobre a ferida até que o sangramento pare. No entanto, nos casos de feridas por penetração, o recomendado é que se deixe a ferida sangrar por algum tempo, já que esse processo ajuda a expulsar as bactérias que podem ter entrado na pele com a saliva do animal.
Nos casos em que a mordida for dada por um cão de origem desconhecida - e não houver informações sobre a sua imunização contra a raiva - o indicado é dirigir-se imediatamente a um instituto especializado em doenças infecciosas para a realização de um exame clínico. De acordo com o resultado, exames laboratoriais podem ser requisitados, assim como a aplicação de vacinas para impedir complicações maiores na pessoa ferida pela mordida.
Fonte: dr. Ricardo Tubaldini, Médico Veterinário (CRMV- SP 23.348), formado pela Universidade Paulista, Cirurgião Geral e Ortopedista no Hospital Veterinário Cães e Gatos 24h.