Jenny Odell é uma velha conhecida em certos grupos de fãs de produtividade e desempenho. E não por algo bom, não. Há alguns anos, ela publicou 'Como não fazer nada' (dedicado a protestar contra "a capitalização do nosso tempo, a rentabilidade da nossa atenção e o estado de impaciência e ansiedade em que vivemos") e agora volta à briga com o que, além das manchetes, é uma reivindicação da cronodiversidade.
De fato é uma palavra que pode parecer estranha, mas a ideia é simples: que o tempo (ou melhor, a temporalidade) é um artefacto cultural e ter consciência disso é o primeiro passo para compreender que o ritmo e a velocidade com que vivemos sociedades modernas é tudo, menos normal.
Como disseram numa entrevista recente ao El Mundo, "crescemos ouvindo que tempo é dinheiro". "Insistem que teremos que vender um terço do dia - pelo menos - para pagar as contas. Consequentemente, organizamos a nossa existência em torno do tique-taque corporativo", acrescenta José María Robles.
Mas e se houver outras maneiras de entender o tempo?
O tempo é... muitas coisas
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