E aí, já bebeu água hoje? 

Manter-se hidratado é essencial para sua saúde e performance nos treinos!

8 abr 2025 - 19h35

Com o aumento das ondas de calor, que já fazem parte da nossa realidade devido às mudanças climáticas, a hidratação tornou-se ainda mais crucial para proteger a saúde em eventos extremos.

Isso é especialmente importante para quem pratica atividades físicas, desde atletas profissionais até amadores, que precisam preparar o corpo para enfrentar o calor e evitar o perigo da desidratação. Por isso, a MALU conversou com Carla Fiorillo, nutricionista da Puravida, para lembrar você da importância de beber água!

Foto: Revista Malu

Água e treino são essenciais

Todos sabemos que praticar atividades físicas é fundamental para a saúde. Porém, a falta de hidratação adequada antes, durante e após o treino prejudica não apenas a performance, mas também os resultados, principalmente para quem treina exposto ao sol. De acordo com Carla, em quadros de desidratação, o atleta pode experimentar uma redução no desempenho aeróbico e uma maior percepção de esforço, o que pode afetar a força muscular e levar a quedas no desempenho geral. "Além disso, a desidratação aumenta o estresse do exercício, prejudica as respostas fisiológicas e pode oferecer riscos à saúde. Esses efeitos podem ocorrer mesmo em casos leves ou moderados de desidratação, com até 2% de perda de líquidos, agravando-se à medida que ela aumenta", alerta a profissional.

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Quando e como beber água durante os exercícios?

Segundo as diretrizes da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte, para garantir que o indivíduo inicie o exercício bem hidratado, recomenda-se que ele beba cerca de 250 a 500 ml de água duas horas antes do exercício. "Já durante o exercício, recomenda-se iniciar a ingestão de líquidos nos primeiros 15 minutos e continuar bebendo a cada 15 a 20 minutos", orienta.

A nutricionista explica que o volume a ser ingerido varia conforme o suor, ficando entre 500 e 2.000 mL/hora. "E se a atividade durar mais de uma hora, ou se for intensa mesmo com menos de uma hora, devemos repor carboidratos também. Após o exercício, recomenda-se continuar ingerindo líquidos para compensar as perdas adicionais de água pela urina e pelo suor."

É um assunto sério!

Entre 1998 e 2018, variações extremas de temperatura — do frio ao calor — causaram 142 mil mortes apenas no Brasil, conforme um estudo publicado na revista Environmental Epidemiology. Infelizmente, com o aquecimento global desestabilizando o clima, essa tendência deve aumentar.

Carla destaca que, no caso de calor extremo, alguns sintomas incluem fadiga, pele vermelha, sede excessiva, perda de apetite, náusea, tontura, aumento da temperatura corporal e da frequência cardíaca. Ignorar esses sinais pode levar a complicações graves, como desidratação severa ou até morte por estresse térmico. Segundo a nutricionista, em temperaturas elevadas, o corpo perde ainda mais líquidos. Por isso, é essencial não apenas beber água, mas também incluir na dieta alimentos e suplementos que combatem a desidratação. "Soluções de sódio e suplementos contendo carboidratos + eletrólitos ajudam a manter a hidratação e o equilíbrio eletrolítico durante os exercícios em dias quentes", explica.

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Muito além do grupo de risco!

E, claro, vale aquele alerta de sempre quanto aos grupos de risco ao calor. "Idosos fazem parte do grupo de risco porque tendem a ter a percepção de sede reduzida. Já as crianças, porque brincam, correm e fazem atividades que induzem uma maior perda de líquidos através do suor. Elas também têm mais tendência a se esquecerem de se hidratar, por estarem entretidas com outras atividades", esclarece.

Para a profissional, no caso dos idosos, deixar copos ou garrafinhas de água por perto pode ajudá-los a manter o consumo regular de líquidos. "Incentivar o consumo de pequenas quantidades várias vezes ao dia também pode ajudar nessa tarefa. É importante também apostar em uma dieta com alimentos ricos em água e bebidas naturais, que ajudam na aceitação", aconselha a nutricionista. 

Já para crianças, a dica é investir em estratégias como garrafas ou copos lúdicos e divertidos, estimulando-as a se hidratarem. "E evite bebidas açucaradas, como refrigerantes e sucos industrializados, pois esse tipo de bebida pode favorecer a desidratação", complementa.

Mas se engana quem pensa que apenas idosos ou crianças são prejudicados por temperaturas extremas. Uma pesquisa divulgada em 2025 pela revista Science Advances comprovou que jovens entre 18 e 35 anos são a faixa etária mais afetada pelo risco de estresse térmico, justamente por se exporem mais ao sol, seja no trabalho ou em atividades físicas. Por isso, fica o alerta: água é vida, e isso para todos os públicos!

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Água na dieta!

Além de ingerir líquidos, o consumo de alimentos com alto teor de água pode ser uma alternativa interessante para complementar a hidratação. Alguns exemplos são abacaxi, melão, melancia, água de coco, sucos naturais, laranja, pepino e tomate. "E não basta apenas suplementar. É preciso também investir em opções de bebidas e suplementos que tenham um sabor agradável, para garantir uma ingestão adequada", finaliza Carla.

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