Estudo descobre que o amor tem o mesmo efeito que os vícios em nosso cérebro

Pesquisadores fizeram a maior análise sobre atividade cerebral do sentimento até agora e trouxeram diversas revelações de como o ser humano reage à pessoas, animais e locais queridos

9 dez 2024 - 16h33
(atualizado às 23h02)
Pesquisadores fizeram o maior estudo sobre análise cerebral do amor até agora e trouxeram diversas revelações; confira
Pesquisadores fizeram o maior estudo sobre análise cerebral do amor até agora e trouxeram diversas revelações; confira
Foto: Canva Equipes/Tanya Lara de Imágenes de Tanya Lara / Bons Fluidos

O maior estudo sobre a atividade cerebral do amor ,até agora, trouxe diversas revelações de como o ser humano reage à pessoas, animais e locais queridos. Leia mais abaixo:

A relação entre o amor e o vício

Quando terminamos um relacionamento ou perdemos alguém querido, sentimos uma dor que parece física, certo? E se te dissermos que esta sensação não é imaginária? Pesquisadores descobriram que o amor. quando está atuando, corresponde às mesmas áreas de quando alguém tem um vício ou ganha uma recompensa. Sendo assim, a partir do momento em que deixamos de alimentá-lo, tende a resultar em certas consequências. E, se você pensa que isso só acontece em relacionamentos amorosos, está enganado, pois, os estudiosos comprovaram que a reação vale para os seis tipos de amor.

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O estudo

Para chegar à esta conclusão, primeiramente, os cientistas fizeram um mapa das áreas cerebrais e mediram a atividade de 55 pessoas. Com isso, notaram que o sistema de recompensa e vício foi ativado em todos os tipos de amor. Porém, houve diferenças quando o sujeito de quem estavam falando mudava. "Nossos resultados demonstram que o amor em relacionamentos interpessoais mais próximos, como por um filho, parceiro romântico ou amigo, está associado a uma ativação significativamente mais forte no sistema de recompensa do cérebro do que o amor por desconhecidos, animais de estimação ou à natureza", disse o autor do estudo, Pärttyli Rinne.

Diferentes respostas cerebrais

Por exemplo, quando o assunto era pessoas por quem tinham um sentimento muito forte, as regiões cerebrais associadas ao pensamento, sentimento e compreensão se ativavam. E acontecia o mesmo quando tinham carinho por um animal em específico, diferente dos que não eram tutores de nenhum peludinho.

O sentimento pela natureza, por sua vez, iluminou, sim, o sistema de recompensa, mas também assim o fez com o correspondente às áreas visuais. "Isso nos dá evidências de que diferentes tipos de amor recorrem a regiões cerebrais parcialmente distintas e parcialmente sobrepostas", o psiquiatra Roland Zahn ao veículo DW.

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