Mulheres estão sendo influenciadas por redes sociais para fazerem intervenções estéticas

Cada vez mais, a comparação com figuras da Internet causam inseguranças na própria aparência; isso é o que diz uma pesquisa da Universidade de Boston, confira

5 jun 2024 - 12h48

Quando dizem que é necessário tomar cuidado com as comparações feitas em relação ao que se vê nas redes sociais, o papo é sério. Isso porque uma pesquisa feita pela Universidade de Boston mostrou que mulheres demonstram vontade de realizar intervenções estéticas. Um dos motivos? O que veem nas redes sociais. Confira, o que a Agência Einstein divulgou:

Mulheres procuram cada vez mais por intervenções estéticas por causa das redes sociais
Mulheres procuram cada vez mais por intervenções estéticas por causa das redes sociais
Foto: Pexels/KATRIN BOLOVTSOVA / Bons Fluidos

Em busca da perfeição

Seja com filtros ou através do uso de produtos, as mulheres estão, cada vez mais, procurando ter uma pele sem poros, a face sem olheiras, abdômen definido, zero celulites e, quiçá, flacidez. E os autores do estudo - publicado no Journal of Clinical and Aesthetic Dermatology - afirmam que, para elas, vale tudo, inclusive cirurgia plástica. "Embora as redes sociais nos conectem, também podem criar expectativas irreais e pressões sociais sobre a nossa aparência. Mas, é importante diferenciar quando é um desejo legítimo e se há a real necessidade de fazer a correção de algo estético", alerta a psicóloga Caroline Nóbrega, do Hospital Israelita Albert Einstein.

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O estudo

Para chegar aos resultados, os autores realizaram um questionário entre 175 pacientes de um ambulatório de dermatologia. Um fator em comum entre elas era o número de queixas estéticas. As perguntas incluíam o tempo gasto nas redes sociais, quais perfis seguiam e se havia intenção em fazer procedimentos estéticos.

50,9% dos entrevistados passava mais de uma hora por dia nas redes sociais e 24% deles navegava pelos aplicativos. No mesmo grupo, 72% acompanhava influenciadores digitais e celebridades, já 40% seguia contas de dermatologistas e cirurgiões plásticos que compartilhavam os resultados dos procedimentos.

Os motivos

Além disso, a insegurança com a própria aparência, e fatores como videoconferências, idade, convívio social, bullying, ou até mesmo as cicatrizes de acne podem ser gatilhos para uma mudança radical. Porém, Nóbrega alerta: "Devemos lembrar que as redes mostram o que querem. Mas o que serve para um pode não servir para quem está olhando. Por isso, é preciso cultivar a autoaceitação e a autoestima, independentemente dos padrões externos de beleza. Lembre-se de que a verdadeira beleza vem de dentro e não pode ser definida por curtidas e seguidores".

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