O que é efeito Mandela? Entenda!

A ciência tenta explicar o que é o Efeito Mandela, mas a definição segue sem provas determinantes.

19 abr 2024 - 05h00
O que é efeito Mandela
O que é efeito Mandela
Foto: FG Trade

Sabe aquela letra que você sempre cantou errada, mas tinha certeza de que estava certa? E um famoso que você tinha certeza que tinha morrido, mas segue vivendo por aí? Esse sentimento pode estar relacionado ao efeito Mandela. O fenômeno se refere a uma situação em que um grupo de pessoas acredita na ocorrência de um evento, quando, na verdade, ele não existiu.

O que é o efeito Mandela?

O efeito Mandela acontece quando lembramos, coletivamente, de algo que nunca aconteceu. Geralmente são eventos históricos que diferem do que de fato ocorreu. O termo está relacionado à falsa ideia de que Nelson Mandela morreu em uma prisão, na década de 1980. Quando na realidade, Mandela foi libertado em 1990 e se tornou presidente da África do Sul. 

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A confusão sobre Mandela foi o que levou a pesquisadora em atividades paranormais, Fiona Broome, a criar o termo, ainda em 2009. Broome percebeu que muitas pessoas compartilhavam do seu sentimento sobre Mandela. 

Nelson Mandela, na verdade, morreu em 2013, aos 95 anos, em Johanesburgo, na África do Sul
Foto: fotopoly/iStock

Principais causas

Não se sabe exatamente qual é a origem do efeito Mandela, mas é certo que o nosso cérebro tem capacidade de se confundir. Nem sempre dá para lembrar de tudo que vimos, muito menos acrescentar mais memória lá. 

Uma das hipóteses do efeito Mandela é de que as memórias de curto prazo sofrem alterações em nossos cérebros. O órgão, por sua vez, preenche as "peças" que estavam faltando para completar a memória. 

Outra teoria para a causa do efeito Mandela é que a nossa memória é influenciável e a lembrança já chega ao cérebro modificada. 

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Há ainda uma tese, ligada à física quântica, de que o efeito Mandela acontece quando a nossa realidade se cruza com outras realidades paralelas. 

Um estudo publicado pela revista Psychological Science sobre o efeito Mandela confirma que as pessoas têm memórias visuais confiantes, mas incorretas, de ícones ou personagens famosos. "Existem certas imagens para as quais as pessoas cometem consistentemente o mesmo erro de falsa memória", diz a pesquisa. 

Efeito mandela: exemplos

Os exemplos de "memórias" coletivas que se encaixam no efeito Mandela podem estar em diferentes áreas do conhecimento. É comum achar, por exemplo, que a Nova Zelândia fica acima da Austrália, quando na verdade o país está abaixo e à direita do continente australiano. 

Já na cultura popular, o personagem principal do jogo "Monopoly" não usa um monóculo, como muitos acham. 

Nos filmes não é diferente. Em "Star Wars - o império contra-ataca", Darth Vader não diz "Luke, eu sou seu pai" – frase que caiu nas graças dos fãs e estampou camisas ao redor do mundo. Na realidade, o personagem disse, "Não, eu sou teu pai". 

Com poucas explicações para o fenômeno, o Efeito Mandela segue intrigando cientistas e deixando surpresas as pessoas que se pegam erradas sobre certos temas. Em seu site, a autora do termo é categórica: "não são memórias falsas".

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Fonte: Redação Terra Você
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