Recentemente, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), de autoria da deputada Erika Hilton, trouxe para a internet uma discussão bem polêmica sobre o regime de trabalho no Brasil. A proposta sugere mudanças que eliminariam a escala 6×1.
Após ganhar força nas redes sociais, a PEC alcançou o número mínimo de assinaturas para iniciar a tramitação. De acordo com a assessoria da deputada, o apoio entre os parlamentares cresceu rapidamente, passando de 71 para 194 assinaturas.
Com o debate sobre a PEC ganhando destaque, muitas pessoas ficaram em dúvida sobre o que é, de fato, a escala 6×1. Por isso, a todateen veio tirar suas dúvidas, para que você entenda tudo sobre o assunto do momento.
Mas, afinal, o que é a escala 6×1?
Na escala 6×1, você trabalha seis dias seguidos e folga apenas um. Esse tipo de jornada é muito comum em setores que operam todos os dias da semana, como comércio, indústrias e serviços essenciais, onde a continuidade é fundamental. Normalmente, quem trabalha nessa escala cumpre de 7 a 8 horas por dia, totalizando as 44 horas semanais previstas pela lei atual.
Web vem discutindo vantagens e desvantagens desse estilo de trabalho
Como acontece com qualquer proposta de mudança na lei, a PEC que propõe o fim da escala 6×1 gerou argumentos a favor e contra. Para as empresas, a escala 6×1 permite manter operações contínuas, garantindo que o serviço funcione sem interrupções. Esse modelo, no entanto, tem desvantagens que a proposta de emenda busca resolver.
Trabalhar seis dias seguidos com apenas um dia de descanso pode levar a um acúmulo de cansaço físico e mental. A falta de tempo pessoal para lazer, convivência com a família e estudos é outro ponto negativo, principalmente quando a folga não cai no domingo, dificultando conciliar a vida pessoal com a rotina dos amigos e familiares. Para quem está estudando ou fazendo cursos, o tempo restrito de folga pode tornar a escala 6×1 ainda mais desafiadora.
O que a PEC mudaria?
A proposta da deputada Erika Hilton propõe reduzir a jornada semanal para 36 horas e dar ao trabalhador a possibilidade de uma escala de quatro dias de trabalho por semana. A ideia é que, com essas mudanças, o trabalhador ganhe mais tempo para se recuperar e equilibrar o trabalho com outras áreas da vida. Essa medida poderia beneficiar tanto a saúde quanto a qualidade de vida de quem hoje sente o impacto de um dia de descanso reduzido.