O retorno de Jout Jout: por que sumir da internet incomoda tanto?

Decisão da ex-youtuber de se afastar das redes ainda é questionada 2 anos após seu 'sumiço'; ela será tema de um podcast e fará uma palestra

22 nov 2024 - 05h00
Influenciadora decidiu viver completamente offline há mais de 2 anos e retornou no início deste mês.
Influenciadora decidiu viver completamente offline há mais de 2 anos e retornou no início deste mês.
Foto: Reprodução/Youtube

Afastada há mais de dois anos da internet, desde julho de 2022, a ex-youtuber Jout Jout ainda é alvo de curiosidade entre seus admiradores. Famosa pelos vídeos publicados em seu canal no Youtube, que ainda é seguido por 2,5 milhões de pessoas, Julia Tolezano, de 33 anos, não só encerrou as atividades como não deu mais informações sobre sua vida em qualquer outra rede social. 

Em setembro de 2023, os fãs da influenciadora souberam que ela deu à luz um menino em São Pedro da Serra, distrito de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, através do perfil de Marize, mãe de Jout Jout, e voltaram a se questionar sobre a ausência dela nas redes sociais.

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No início deste mês, Jout Jout surpreendeu os seguidores e anunciou seu retorno - porém sem dar uma palavra - em um vídeo sem som publicado em seu perfil no Instagram. Com chapéu de palha e recolhendo roupas no varal em uma área rural, Julia divulgou um evento para o dia 21 de dezembro, no Teatro Municipal de Ouro Preto, em Minas Gerais.

Dias depois, o jornalista Chico Felitti anunciou que a influenciadora será o tema do seu próximo podcast, onde revelará os motivos que a fizeram deixar a internet. A informação foi dada durante a gravação do podcast Um Milkshake Chamado Wanda, do Papelpop. 

Por que as pessoas têm dificuldade em aceitar a decisão de quem quer viver longe da internet?

Em entrevista ao Terra Você, o psicólogo e CEO da Equipe AT, Filipe Colombini, explica que existem hipóteses dentro do contexto social em que vivemos que podem justificar essa estranheza pela decisão de não viver online.

Ele observa que o equilíbrio é fundamental, mas que, a partir dessa escolha, o julgamento poderá existir devido:

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  • Percepção que todas essas relações precisam ser mediadas pela internet sem a possibilidade do ao vivo e a cores;
  • Julgamento de que a pessoa que se afasta não tem conhecimento e não quer buscá-lo;
  • Inveja da pessoa que conseguiu estabelecer limites claros para a sua vida.

“A internet, atualmente, está inserida no dia a dia da maioria das relações sociais, de trabalho, de lazer, de entretenimento… É impossível ignorá-la e/ou demonizá-la”, analisa o profissional.

Equilíbrio é fundamental

O psicólogo conta que a presença online é divulgada e estimulada como essencial para uma série de relações. Sendo assim, essas relações são estruturadas a partir dessas premissas, “levando a pessoa que opta ficar offline, ser também uma extremista (ficar no extremo) e esse extremismo também terá suas consequências”. 

“A internet não desaparecerá, assim como aconteceu com a invenção do rádio, da tv, do celular… Do meu ponto de vista o equilíbrio precisa coexistir”, diz o especialista. 

De acordo com o especialista, é essencial desenvolver o autoconhecimento para que a pessoa consiga variar seus estímulos e condições, não ficando conectada o tempo inteiro e estabelecendo o equilíbrio de não usar a internet em momentos em que ela não é útil.

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“Momentos que prezam o contato com o aqui e agora das relações, natureza e outros contextos são de extrema importância para a saúde mental. A busca por estar certo ou errado não pode existir, visto que cada pessoa terá o seu contexto e seus valores pessoais e sociais”, afirma. 

Fonte: Redação Terra Você
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