Percentil Fetal: Quando o crescimento do bebê deve preocupar?

As dúvidas sobre o peso fetal são comuns nos exames de ultrassom, e a avaliação do crescimento é essencial para acompanhar o progresso da gravidez No Brasil, entre 8% e 15% dos fetos enfrentam restrição de crescimento intrauterino,enquanto o diabetes gestacional afeta de 7% a 18% das gestantes. Esses dados ressaltam aimportância de monitorar o […]

12 nov 2024 - 16h56

As dúvidas sobre o peso fetal são comuns nos exames de ultrassom, e a avaliação do crescimento é essencial para acompanhar o progresso da gravidez

No Brasil, entre 8% e 15% dos fetos enfrentam restrição de crescimento intrauterino,

Foto: Pixabay / Revista Malu

enquanto o diabetes gestacional afeta de 7% a 18% das gestantes. Esses dados ressaltam a

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importância de monitorar o desenvolvimento fetal durante a gestação, especialmente

considerando que problemas como a insuficiência placentária e a macrossomia podem

impactar a saúde do bebê. As dúvidas sobre o peso fetal são comuns nos exames de ultrassom,

e a avaliação do crescimento é essencial para acompanhar o progresso da gravidez. Mas como

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essa avaliação é feita na prática?

Como é monitorado o percentil fetal

A principal forma de monitorar o crescimento do bebê é através do percentil de peso, obtido

por medições feitas no ultrassom. O percentil fetal compara o peso do bebê com o de outros fetos

da mesma idade gestacional, usando uma curva de crescimento padrão. Essa curva é

construída a partir de dados de fetos saudáveis, permitindo verificar se o bebê está dentro do

esperado para a fase gestacional.

O percentil varia de 0 a 100, sendo o percentil 50 a média. Isso significa que, ao estar no

percentil 50, metade dos bebês pesa mais e a outra metade pesa menos. Mas o percentil 50 é

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o "ideal" para todos os bebês?

Mitos sobre o percentil fetal

A Dra. Marcela Xavier, especialista em medicina fetal, desmistifica essa ideia. "Muitas

gestantes acreditam que o bebê deve estar no percentil 50 para ter um crescimento

adequado, mas isso é um mito", afirma. Segundo ela, é comum que fetos saudáveis estejam

acima ou abaixo dessa média, já que o crescimento é influenciado por fatores genéticos. Como

não há ferramentas para prever com precisão o potencial de crescimento de cada bebê, as

características físicas e a etnia dos pais são usadas como referência. Assim, o peso de um bebê

de uma mãe alta será naturalmente diferente do peso de um bebê de uma mãe mais baixa.

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A maior preocupação deve surgir quando o bebê se encontra nos extremos da curva de

crescimento. "O que realmente preocupa é quando o peso do bebê está abaixo do percentil 10

ou acima do percentil 90", explica a Dra. Marcela. Esses extremos podem indicar condições de

saúde que exigem atenção.

"Percentis muito baixos podem sinalizar restrição de crescimento intrauterino, que pode estar

ligada a insuficiência placentária ou má nutrição", detalha a especialista. Já percentis muito

altos podem indicar diabetes gestacional, uma condição que requer acompanhamento

rigoroso.

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De olho nas mudanças

Além de estar nos extremos, outra questão a ser monitorada é a variação brusca no percentil

ao longo da gestação. "Mudanças drásticas no percentil entre exames podem ser um alerta. O

crescimento do bebê deve seguir uma curva estável, sem grandes oscilações", destaca a Dra.

Marcela.

Segundo o Ministério da Saúde, 98% das gestantes realizam ao menos uma ultrassonografia

durante a gravidez, com o peso fetal sendo uma das principais preocupações. Os dados

registrados no pré-natal permitem identificar alterações no percentil e tratar qualquer

condição rapidamente.

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"Cada bebê tem seu próprio ritmo de crescimento, e o acompanhamento médico regular

garante que qualquer variação significativa seja detectada e tratada precocemente, garantindo

a saúde tanto da mãe quanto do bebê", finaliza a especialista.

Revista Malu
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