Uma nova pesquisa da Princeton University concluiu que quatro a cada 10 bebês nascidos nos Estados Unidos não criam vínculos fortes o suficiente com o pais, o que pode afetá-los para o resto da vida. Outro estudo, conduzido pela University of Rochester, mostrou ainda que um terço dos pais não sabe o que esperar dos recém-nascidos ou como ajudá-los a se desenvolver e interagir com terceiros. As informações são do jornal Daily Mail.
De acordo com o estudo, 25% dos bebês não criam vínculos com os pais porque eles não respondem às suas necessidades, enquanto 15% os consideram tão aflitos, que preferem evitá-los ao máximo. O principal problema, segundo a pesquisa, é que 40% dos bebês nos Estados Unidos vivem com medo ou desconfiança em relação aos pais, e isso irá se transformar em agressividade e hiperatividade quando adultos.
Para chegar a estes dados, os pesquisadores analisaram mais de 100 projetos de pesquisa, incluindo informações coletadas de 14 mil crianças nascidas em 2001. As famílias analisadas apresentavam problemas como pobreza, falta de instrução e estresse, mas, de acordo com os cientistas, mesmo nestas condições, criar laços afetivos não é complicado. “Quando um pai ou mãe responde a uma criança de forma calorosa, responsiva e sensível, ela sente que eles podem suprir suas necessidades”, pontua o estudo. Outra pesquisa mostra que apenas tocar ou fazer carinho em um bebê recém-nascido é o suficiente para que ele desenvolva o senso de segurança.
A maioria dos estudos é baseada na observação de crianças durante um período estendido de tempo e, em grande parte, a mãe é o principal foco, já que ela é a principal cuidadora dos bebês nos primeiros meses. No entanto, um estudo da University of Iowa concluiu que criar vínculos com o pai pode ser tão benéfico quanto com a mãe.