O terceiro episódio de "Xuxa, o Documentário" destaca a relação da Rainha dos Baixinhos com o piloto Ayrton Senna. Junto a isso, os espectadores voltaram a repercutir o namoro dele com a também apresentadora Adriane Galisteu - foi com ela que Senna estava quando faleceu, em maio de 1994.
Relembre abaixo a história que o piloto viveu com as loiras:
Xuxa, de 1988 a 1991
No documentário, Xuxa conta que já havia se interessado por Senna, sem conhecê-lo, até que um dia ele ligou para o programa e pediu para encontrá-la. A montagem do episódio mescla entrevistas em que Xuxa e Senna contavam a Hebe Camargo e Jô Soares, respectivamente, como o romance começou.
Segundo a apresentadora, o piloto era dono de um "aviãozinho" e mandou buscá-la para que eles se encontrassem. Do primeiro encontro até o primeiro beijo, foram 15 dias e eles logo se conectaram.
"Xuxa foi o grande amor da vida do Ayrton", classificou Viviane Senna, irmã do piloto, no documentário. Xuxa chegou a repetir que viveu como viúva após a morte dele, mesmo que os dois já estivessem separados.
A apresentadora e Viviane destacam que os dois se amaram muito, mas enfrentavam dificuldades de agenda - Xuxa tinha um cronograma intenso de shows e gravações, enquanto ele era atleta de automobilismo, com corrida em diversos países. Cada um vivendo o auge da carreira em suas respectivas áreas.
"Uma coisa importante rolou ali que é o fato de que nenhum nem outro precisava do outro para ser reconhecido, para se alavancar. Os dois já estavam consolidados, entendidos como verdadeiras superestrelas", pontuou Viviane. Registros da época mostram como a família acolhia Xuxa e até hoje reconhece o vínculo que ela e Senna tiveram.
A relação acabou, segundo a apresentadora, por pressão de Marlene Mattos, sua então empresária. O depoimento de Viviane reforça essa impressão.
Adriane Galisteu, de 1993 até a 1994
Contrariando o que diz a irmã, Senna se mostrava plenamente apaixonado pela então jovem modelo Adriane Galisteu. O relacionamento deles começou quando ele já estava separado de Xuxa.
Galisteu registrou suas memórias no livro "O Caminho das Borboletas - Meus 405 Dias ao Lado de Ayrton Senna". Ela também sempre homenageia o piloto, contando o que viveram juntos e os presentes que ele lhe deu.
Um episódio volta e meia lembrado pela mídia foi quando a Playboy tentou publicar a modelo. O jornalista Juca Kfouri conta que meses antes de morrer, Senna lhe telefonou para pedir que fotos de Galisteu não fossem publicadas. A modelo tinha posado como "coelhinha" da revista.
O pedido de Senna foi atendido e as fotos originais foram enviadas para ele que até se prontificou a ressarcir a revista, mas não aceitaram. Um ano depois, já sem Senna, ela seria capa da edição de 20 anos da Playboy.
Em entrevista ao "Ticaracaticast" no ano passado, Galisteu trouxe detalhes sobre os últimos momentos de Senna. Segundo ela, ele nem queria fazer a corrida que encerrou sua vida. "É a primeira vez que não quero correr", teria dito a ela.
Quando viu o acidente pela TV, a jovem inicialmente não cogitou a morte. "Estava acostumada a ver bater, até batida pior". A ficha caiu quando ela começou a receber mensagens com coração. Depois, um amigo dele ligou para dar a notícia.
Assumida por Senna, Galisteu não chegou a ser acolhida pela família do piloto. Já amigos dele costumavam destacar a paixão entre os dois. De acordo com matéria do jornal O Globo, o jornalista Lemyr Martins, autor do livro "Uma estrela chamada Senna", disse em um documentário da BBC que Galisteu, sim, foi o grande amor do piloto. "Poderia ter sido mãe de seus filhos".
Relação entre Xuxa e Galisteu
Com o estímulo midiático para que rivalizassem, as apresentadoras não se falavam nem deram indícios de qualquer relacionamento ao longo dos anos. Cada uma conta sua história de amor com o ídolo, mas algumas declarações sugerem que havia incômodos com a postura ou o espaço ocupado pela outra - Xuxa era representada como "a viúva de Senna", o que desrespeitava o relacionamento dele com Galisteu, já a modelo viveu com o piloto seu último ano de vida, quando ele era retratado como feliz e apaixonado.
No livro sobre sua história, Galisteu menciona o clima no velório. "Ao me aproximar do meu lugar, vi, ao lado, a Xuxa. O cerimonial achou por bem botar uma ao lado da outra. (...) No meu torpor, não senti um milímetro de estranheza ao reencontrar ali uma ex-namorada de Ayrton Senna. Estranhei, isso sim, quando a minha chegada provocou nela o imediato 'efeito gangorra'. Foi eu sentar, ela se levantou. Buscou lugar no outro lado". Esse lugar foi ao lado da família do esportista.
Em 2012, Xuxa já havia declarado que pretendia ir atrás de Senna apenas dias após o acidente fatal que ele sofreu. A outra reagiu: "Eu achei que ela foi deselegante. É a mesma coisa que ela começar a namorar e eu ir lá atrás do namorado dela. Não acho nem de longe justo com tantos homens por aí, até porque foi ela que terminou com ele, não foi ele. Quando eu comecei a namorar com o Ayrton, ela estava separada há mais de dois anos. (...) Será que ela fala para a filha: 'Corra atrás da pessoa que você quer mesmo que ele esteja casado, namorando?'. Não é um belo exemplo, né?".
Agora, para o documentário, Xuxa voltou a dizer que tentaria falar com ele e acrescentou informações. "As pessoas que estavam do lado dele falaram que um dia antes ele conversou muito sobre mim. Umas três pessoas que vieram falar isso pra mim no enterro dele, que ele queria me encontrar, conversar comigo".
Quanto a essa nova declaração, até o momento, Galisteu não reagiu. Por ora, a repercussão fica por conta do público nas redes sociais.
De um lado, há quem defenda e se emocione com o depoimento de Xuxa. Outros julgam como desrespeitosa a forma como ela e a irmã do piloto se portaram, já que à época da morte, Senna já estava com outra pessoa.