Quem já teve um cãozinho de estimação sabe que a otite canina é um problema que pode aparecer com certa facilidade na vida desses animais, especialmente se o pet em questão for de uma raça que tenha as orelhas compridas e caídas entre suas características principais. Exigindo bastante atenção com a região auricular, esses animais devem estar sempre com a higiene e a limpeza em dia para evitar o surgimento da otite. Embora a complicação tenha um tratamento relativamente simples, ela pode trazer grandes níveis de incômodo e dor para os cães – podendo, inclusive, chegar a causar a surdez no seu pet se não tratada de maneira correta ou rápida.
Fungos, parasitas e bactérias que causam infecções são alguns dos principais agentes que provocam o problema, sendo que a produção excessiva de cera e uma possível predisposição genética também podem influenciar no surgimento da doença, assim como traumas, alergias, disfunções hormonais e tumores. A umidade é outro fator bastante importante para o desenvolvimento da doença e, por isso, tomar o cuidado de secar bem a região após banhos e de colocar tigelas de água de boca mais fina (onde não haja a possibilidade de que o cão molhe as orelhas) para que o cão mate sua sede são precauções bem-vindas.
Coceiras fortes na região, secreções mal cheirosas, vermelhidão, aparecimento de crostas, dor, ferimentos ou inchaço na área das orelhas e a perda de audição são alguns dos principais sintomas da otite canina e, portanto, ao identificar tais sinais no seu bichinho de estimação, não hesite em marcar uma consulta com um profissional veterinário, que poderá indicar o tratamento mais apropriado para o animal, de acordo com as condições e o desenvolvimento da doença.
Vale lembrar que não são somente os cachorros de orelhas longas e caídas que podem sofrer com esse problema, e todos os pets caninos devem receber atenção especial na região dos ouvidos (com uma boa higienização semanal da área) para que a complicação seja prevenida. Conheça, a seguir, três das raças orelhudas que mais costumam sofrer com a otite, e fique de olho para evitar o problema, caso tenha um como pet:
Cocker Spaniel Inglês
Foto: cynoclub/Getty Images
Dono de orelhas compridas, caídas e bem peludas, o cão da raça Cocker Spaniel Inglês merece atenção redobrada para que a otite seja prevenida, devendo ser higienizado com frequência e ser bem adestrado para que sua personalidade ativa não faça com que ele seja infectado por bactérias ou fungos durante suas brincadeiras em locais com acúmulo de sujeira.
Cocker Spaniel Americano
Foto: cynoclub/Getty Images
Peludo e bastante conhecido em todo o mundo por ser a raça representada pela cadelinha Dama (de A Dama e o Vagabundo), o Cocker Spaniel Americano é outro cão que merece atenção na região auricular, já que, assim como seu “primo inglês”, também destaca orelhas longas e fechadas, formando o ambiente ideal para o surgimento da otite.
Basset Hound
Foto: Silense/Getty Images
Conhecido há muito tempo e até citado na obra de Shakespeare (Sonho de uma Noite de Verão), o cão da raça Basset Hound é do tipo que tem as longas orelhas entre seus principais atrativos. Embora não sejam peludas como as de outras raças, também merecem cuidados redobrados, já que o comprimento é tão grande que até aparenta ter mais de uma camada, sendo um verdadeiro convite à otite.
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Matéria validada pelo Dr. Ricardo Tubaldini (CRMV – SP 23.348), Médico Veterinário formado pela Universidade Paulista e Cirurgião Geral e Ortopedista em Hospital Veterinário de São Paulo. Dr. Tubaldini é Diretor de Conteúdo do portal CachorroGato.
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