Ao contrário do que diziam os Beatles, aparentemente o dinheiro pode, sim, comprar o amor. Pesquisadores sugerem que quanto maior a renda de uma pessoa, mais propensa ela está de encontrar o amor – frequentemente, até mesmo mais do que uma vez na vida. As informações são do site do jornal britânico Daily Mail.
Um estudo publicado no dia em que é comemorado o Valentine’s Day, na última sexta-feira (14), mostrou que apenas 4% das pessoas com renda anual de mais de 50 mil libras (aproximadamente R$ 200 mil) nunca encontrou o grande amor.
No entanto, os casos de pessoas que não encontraram sua alma gêmea aumentam ao passo que a renda diminuiu, alcançando até 17% para aqueles com faturamento anual de menos de 9,5 mil libras (cerca de R$ 40 mil).
A pesquisa, feita pela analista de varejo Mintel, também mostrou que as pessoas com renda maior do que 50 mil libras estão mais propensas a se apaixonar cinco vezes ou mais durante toda a vida.
Isto sugere que pessoas de todas as esferas tendem a ter mais parceiros do que no passado, parte encorajada por uma atitude de relacionamentos descartáveis, incentivado pela ‘cultura das celebridades’.
Os pesquisadores descobriram que as pessoas estão tendo uma abordagem cada vez mais científica para encontrar um parceiro, usando sites de relacionamento – que combina os interesses – ao invés de darem uma chance ao amor. Isso pode ajudar a explicar como a riqueza acaba tendo algo a ver com as relações.
Historicamente, o local de trabalho, barzinhos e boates eram os lugares mais óbvios para se encontrar um par. Hoje, os sites gratuitos de relacionamento lideram a lista. Três em cada dez pessoas – ou 28% - procuram por alguém desta maneira.
Os outros 12% das pessoas optam pelos sites pagos; encontrar alguém no trabalho, que caiu de 16% para 12%; e ir a mais eventos – como galerias de arte e museus – com 10%.
Richard Cope, analista da empresa, afirma que vários fatores contribuem para termos mais de um parceiro ao longo da vida. “A conectividade aumentou nossa disponibilidade, enquanto os tabus estão se quebrando”, afirmou. “Entre os jovens, a cultura das celebridades fez com que os romances relâmpagos sejam desejados, e os términos de relacionamento não representam um motivo para se envergonhar”, analisa.
Ele completa que também é notável o crescimento de uma geração sexualmente ativa de idosos, com o Viagra e a aceitação social do divórcio.