Torção gástrica: saiba como afastar seu cão desse problema fatal

24 jan 2014 - 18h27
(atualizado às 18h27)
Torção gástrica é fatal em 60% dos casos tratados
Torção gástrica é fatal em 60% dos casos tratados
Foto: Getty Images

Ainda hoje sem um motivo concreto definido, a torção gástrica é um problema muito sério e relativamente frequente no mundo canino, afetando, principalmente, os cães de grande e médio porte. Fatal em até 60% dos casos tratados, a complicação se desenvolve de maneira rápida e pode levar um chachorro ao óbito em questão de horas; mostrando o quanto é importante que os donos de pets saibam identificar os seus sintomas.

Tendo o inchaço abdominal e a dificuldade em respirar como seus sinais mais característicos, a torção gástrica também pode provocar o aceleramento dos batimentos cardíacos do animal, evoluindo para sintomas que incluem palidez nos olhos e boca, tentativas de vômito, salivação exagerada e uma brusca mudança de comportamento; que faz com que o cão fique extremamente agitado e, logo em seguida, apático (podendo, inclusive, perder a consciência).

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Conforme citado anteriormente, as causas do problema ainda não foram totalmente explicadas; no entanto, a ingestão exagerada de líquidos e alimentos fermentáveis foram considerados, na maioria dos casos registrados, fatores desencadeadores da complicação.

Segundo os casos observados, o excesso de massa causa a dilatação do estômago do animal, e isso faz com que ele se torça (formando uma espécie de nó); o que impede o fluxo sanguíneo e a liberação de gases da região – provocando o aumento do volume abdominal do cão e todos os demais sintomas do problema.

Por evoluir muito rápido, o quadro deve ser tratato imediatamente para que o animal tenha chances de sobreviver; portanto, ao notar os sinais em seu cão, leve-o à clínica veterinária mais próxima. O único tratamento para a torção gástrica consiste em uma cirurgia de emergência, que tem como objetivo reposicionar o estômago, fazer uma lavagem e fixar a parede do estômago do animal nas suas costelas; solucionando o problema e diminuindo os riscos de reincidência em até 80%.

“Embora haja uma propensão maior da ocorrência em cachorros grandes, a torção gástrica – também chamada de Torção de Estômago ou Síndrome da Dilatação Vólvulo Gástrico - também pode afetar cães pequenos, em casos mais raros; sendo igualmente perigosa para o animal”, explica Ricardo Tubaldini, cirurgião veterinário.

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Há, ainda, um grupo específico de raças que, geneticamente, corre um risco maior de sofrer com a torção gástrica ao longo da vida, incluindo nomes conhecidos e adorados como Labrador, Golden Retriever, Husky Siberiano, Dálmata, São Bernardo, Boxer, Terra Nova, Rottweiler, Doberman e Pastor Alemão, entre outros.

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Matéria validada pela Dra. Raquel Madi (CRMV – SP 20.567), Médica Veterinária formada pela Universidade Estadual de Londrina – PR e responsável pelo setor de Radiologia, Ultrassonografia e Ressonância Magnética em Hospital Veterinário de São Paulo. Dra. Madi é integrante da equipe de veterinários do portal CachorroGato.

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