A separação de um casal pode ser um pouco mais complicada se envolver filhos. Principalmente quando temos datas importantes, como aniversários, natal, ano novo, férias de fim de ano, entre outras. Mas, para a especialista em direito de família, Barbara Heliodora, independentemente das tensões entre o ex-casal, os filhos não devem ser afetados.
"A maioria desses casos são resolvidos na justiça e andam de acordo com suas regras gerais. Mas é importante reforçar que os pais precisam pensar nos filhos e aprender a ter um bom diálogo", explica Barbara Heliodora. A conversa entre os pais vai ajudar as crianças e adolescentes a se adaptarem melhor à nova rotina.
As visitas com guarda compartilhada são mais fáceis
Além disso, existem formas de resolver as visitas durante o período de férias. "Para pais com guarda compartilhada é um pouco mais fácil, já que os filhos podem dividir o tempo de uma forma mais igualitária. No entanto, independente do tipo de guarda, o que deve ser observado e respeitado é o regime de convivência definido judicialmente.
Os pais devem compreender a importância de respeitar os acordos, já que, na maioria dos casos, os problemas com a guarda no final de ano surgem quando um dos responsáveis retém os filhos de forma inadequada ou desrespeita o regime de convivência. Ensinar os filhos sobre valores e respeito também faz parte desse compromisso, sugere a especialista.
Quando não existe um acordo de guarda e convivência, é essencial priorizar o bom senso. Os filhos nunca devem decidir com quem querem ficar ou se desejam ir ou não, pois isso pode colocar sua segurança emocional em risco. Eles precisam aprender e entender a importância de respeitar regras, algo fundamental também para a vida. "Em situações sem brigas ou litígios, é evidente que crianças e adolescentes podem participar dos combinados, e ajustes podem ocorrer", afirma Barbara Heliodora.
Qualquer combinado deve ser formalizado
O ideal é que os pais nunca façam combinados sem ser formalmente, por email, minimamente, e que não coloquem os filhos para decidir se querem ir ou não. "Permitir que as crianças ou adolescentes participem de algumas conversas é totalmente aceitável, contanto que não haja brigas e não gere incômodo para eles", finaliza a advogada. Por fim, segundo Barbara, é preciso priorizar a vontade dos filhos, afinal, eles são os maiores afetados quando há briga.