Tão comuns ao longo da gestação, as estrias ainda são, às vezes, motivo de estranhamento. Kate Claxton, que vive Northamptonshire, na Inglaterra, desenvolveu as marquinhas pela barriga no final da gravidez de sua primeira filha - e as odiou.
Porém, as coisas mudaram: três anos se passaram e a escritora não só normalizou aquelas que chama de "listras de tigre", como passou a enxergá-las com orgulho. Foi então que Kate decidiu pintar estrias com verniz em uma das Barbies de sua filha, para que a menina crescesse sabendo que as marquinhas são normais.
Inclusão representada desde a primeira infância
Fã da personagem, a pequena colecionava uma variedade de bonecas inclusivas, como a com perna protética, a com vitiligo e a plus size, mas ainda não tinha nenhuma com as tais "listrinhas". "Eu adoraria que os fabricantes fizessem algumas Barbies com estrias para espalhar a mensagem de que elas não são motivo de preocupação", disse Kate em entrevista à BBC.
Depois de pintar a Barbie, a britânica vestiu a boneca e pediu para que a sua filha a trocasse. No processo, a pequena nem comentou sobre as estrias, o que Kate considera com um ponto positivo. "Já são normais para ela", contou.
Quando a menina tinha apenas três meses, Claxon escreveu o seu primeiro livro sobre estrias, intitulado My Mum's a Tiger (Minha mãe é uma tigresa, em português). O exemplar vendeu 13 mil cópias em todo o mundo e, segundo a autora, as crianças que liam a história passavam a perguntar para as suas próprias mães se elas tinham "listras". "Isso deu confiança a muitas mulheres para mostrar suas estrias para os filhos e para o resto do mundo", disse à BBC.
Para Kate, é muito importante expor os pequenos ao máximo de diversidade possível. "Quero que minha filha cresça reconhecendo todas as diferentes maneiras de ser 'normal'", contou.
Veja, a seguir, como ela fez as marquinhas na boneca da filha: