O ano começou com a vacina contra Covid-19 sendo incluída no Programa Nacional de Imunizações, para pequenos de seis meses a menores de cinco anos de idade. Além disso, o Ministério da Saúde passou a recomendar uma dose anual ou semestral para os grupos prioritários a partir dos cinco anos.
Com essa medida, a pasta objetiva ampliar a cobertura vacinal e, dessa forma, diminuir o número de crianças infectadas pelo coronavírus. A expectativa é de que aconteça um aumento assim como se observou em 2023 com outros imunizantes: segundo dados preliminares, o país reverteu a tendência dos anos anteriores, registrando um crescimento da vacinação infantil, embora os números ainda estejam abaixo do mínimo necessário.
Vale lembrar que a vacina pode ser aplicada junto das outras estipuladas pelo Calendário Infantil para cada faixa etária.
Esquema vacinal da Covid-19 para crianças
De 6 meses até 5 anos incompletos
A recomendação do Ministério da Saúde é de que os bebês recebam a vacina em três doses: aos 6, 7 e 9 meses de vida.
Caso a criança não seja imunizada nesse período, ainda pode ser vacinada com o mesmo esquema até os 4 anos, 11 meses e 29 dias - é preciso apenas respeitar os intervalos mínimos (quatro semanas entre a primeira e a segunda dose; oito semanas entre a segunda e a terceira).
Nessa faixa etária, a vacina aplicada deve ser a Pfizer pediátrica de tampa vinho (a chamada "Pfizer Baby").
De 5 a 11 anos (ainda não vacinadas)
Crianças que têm de 5 a 11 anos devem receber duas doses com intervalo de oito semanas entre elas e mais uma dose de reforço, depois de quatro meses. Para essa faixa, a vacina aplicada é a Pfizer pediátrica de tampa laranja (a chamada "Pfizer Ped").
12 anos ou mais (ainda não vacinadas)
A partir dos 12 anos, a imunização é feita em duas doses com intervalo de oito semanas, com a Pfizer bivalente de tampa cinza, e mais um reforço depois de quatro meses.
Reforço anual
A partir de 2024, crianças com 5 anos ou mais que fazem parte dos grupos prioritários deverão receber uma dose de reforço anual da vacina bivalente. Entre esses grupos, estão os imunocomprometidos, com comorbidades e deficiência permanente.
Versão atualizada para nova variante
Segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBI), os estoques do Ministério da Saúde ainda são da Pfizer Baby, mas a orientação da câmara técnica da própria SBI e da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) é de que se passe a utilizar a versão atualizada do imunizante contra XBB. 1.5, nova variante da Covid-19. A vacina foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em dezembro do ano passado.
Nesse caso, a princípio, a aplicação deverá se dar da seguinte forma:
- entre 6 meses e 5 anos incompletos ainda não vacinados: duas primeiras doses com intervalo de três semanas entre elas e, uma última, depois de oito semanas;
- entre 6 meses e 5 anos incompletos já vacinados contra Covid e a partir dos 5 anos, independentemente da imunização prévia: dose única.
Entretanto, por enquanto (janeiro de 2024), essa versão atualizada da Pfizer ainda não está sendo aplicada no Brasil.