Mais importante do que subir ou descer na disputada lista dos 50 melhores restaurantes do mundo é se manter nela – embora conquistar uma posição próxima dos “top 10” seja algo desejado por muitos. O peruano Astrid y Gastón, do chef Gastón Acurio, subiu 21 posições e ficou em 14º lugar no ranking anual dos melhores restaurantes, divulgado pela revista Restaurant nesta segunda-feira (29).
O especialista é reconhecido como um ícone da culinária peruana e também é um dos idealizadores do festival Mistura, que irá sediar o prêmio dos 50 melhores restaurantes da América Latina, novidade anunciada durante a premiação.
De acordo com a diretora de redação da revista Menu, Beatriz Marques, que comentou a premiação durante transmissão ao vivo pelo Terra, o reconhecimento foi positivo. “Ele sabe como poucos divulgar a cozinha do seu país”, ressaltou. Outros restaurantes mereceram destaque por sua movimentação na lista, tanto para cima quanto para baixo. Entre os brasileiros, o restaurante Maní, da chef Helena Rizzo, mereceu atenção especial por ter saído da 51ª casa para a 46ª.
O grande vencedor da noite, o espanhol El Celler de Can Roca, transita há alguns anos entre os cinco e dez primeiros lugares e também subiu do 2º para o 1º lugar. “Fazem um ótimo trabalho e muitos projetos paralelos, inclusive um que mistura comida, arte, ópera e projeção em 3D”, observou o cozinheiro e produtor cultural Felipe Ribenboim durante a transmissão do Terra.
O italiano Osteria Francescana Modena, que ficou na 3ª posição, subiu duas casas com relação ao ano passado; enquanto que o americano Eleven Madison Park Nueva York, saltou do 10º para o 5º lugar.
Na 8ª posição, o destaque foi para o espanhol Arzak San Sebastián, España, que há alguns anos figura entre os dez mais e, em 2012, foi reconhecido por ter a melhor chef feminina do mundo.
Grande evolução também a do sueco Frantzén/Lindeberg Estocolomo, que saiu do 20º lugar em 2012 para o 12º.
O mexicano Pujol México DF saiu da 36ª posição para 17ª; o japonês Nihonryori RyuGin Tokio saltou da 38ª para a 22ª; e o chinês Mr & Mrs Bund Shanghai também merece atenção, já que entrou este ano para a lista e já abocanhou o 43º lugar.
Quem caiu
Entre os que tiveram baixa, está o brasileiro D.O.M., do chef Alex Atala, que caiu da 4ª para a 6ª posição, embora tenha se mantido entre os dez favoritos. “Vale lembrar que em 2007 o D.O.M. estava em 38º lugar, em 2008 caiu duas posições e depois disso teve um super ‘up’. Não podemos ver essa queda pelo lado negativo”, lembrou Beatriz.
O Noma, de Copenhague, Dinamarca, manteve o primeiro lugar por três anos, mas nesta edição caiu para a 2ª posição. Já o francês Le Chateaubriand París, que ficou em 18º lugar este ano, caiu três posições com relação ao ano passado.
Entre as quedas mais bruscas está o inglês The Fat Duck Bray, que caiu 20 posições, da 13ª para a 33ª, sendo que já ocupou o topo da lista no ano de 2005. O australiano Quay Sydney também teve uma grande baixa, do 29º lugar para o 48º lugar nesta edição.