Cansaço e falta de energia? Alimentação pode ser a resposta

Consumo de processados e ultraprocessados, além de hábitos alimentares ruins, podem contribuir para estado de exaustão

16 set 2022 - 05h00

Cheia de atividades, às vezes complexas, a rotina demanda foco e muita energia para a conclusão de cada plano desenhado, mas é comum pessoas apontarem cansaço sem motivo aparente. O que pode ser? 

Composição nutricional tem enorme participação na geração de energia para o corpo
Composição nutricional tem enorme participação na geração de energia para o corpo
Foto: Prostock-studio / Adobe Stock

Diferentes motivos podem ter conexão com esse esgotamento do corpo e a falta de disposição exagerada, desde condições adversas de saúde, que precisam de investigação adequada, até noites específicas de baixa qualidade do sono, o descanso essencial para que se possa recarregar as energias, entretanto, poucos se dão conta de que a alimentação tem enorme participação nos processos do organismo e pode ser ponto-chave para “impulsionar” ou “roubar energia”.  

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“Apesar de ser uma ótima fonte de energia, o açúcar pode alterar o funcionamento da insulina e desregular nossa glicemia. Quando ingerimos muito açúcar, nosso nível de glicose no sangue sobe rápido. Muito sabidamente, nosso corpo libera uma quantidade grande de insulina para fazer com que essa glicose entre nas células e forneça energia. Essa liberação acaba fazendo com que o nível da glicose caia muito rápido e, como consequência, causa sono e moleza”, afirma a nutricionista Paula Carretti. 

Como destacado pela especialista, corriqueiramente associa-se energia ao consumo exagerado de açúcar – o Brasil está entre os países que mais consomem a substância. De fato, ele colabora para elevar rapidamente o vigor, porém o grande segredo é o equilíbrio nutricional. 

“O açúcar é um bom aliado para a energia rápida, mas não é somente ele o responsável pela energia do corpo. Alimentos ricos em carboidratos são ótimas fontes energéticas, aí incluímos os pães, feijões e outras leguminosas, massas, cereais, frutas e legumes, batatas e outras raízes, farinhas, entre tantos outros”, ressalta Paula. 

O Brasil também está no ranking de nações que mais ingerem alimentos processados e ultraprocessados que, segundo estudos, podem gerar diferentes complicações de saúde. Tais alimentos, aliás, também integram a lista de substâncias que agem de modo negativo, “drenando” a energia.   

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“Nosso corpo é muito inteligente, ele vai tirar energia de onde puder, isso significa que, se necessário, até dos músculos. Para turbinar a energia parece clichê, mas não é: alimentos diversificados, de todos os grupos alimentares, e quanto menos processados e ultraprocessados, melhor”. 

Glicose: aliada ou vilã? 

O equilíbrio é a melhor resposta para essa pergunta, afinal, a glicose é indispensável para o bom funcionamento do cérebro, todavia, quando em excesso, representa um perigo. Apesar disso, o cenário contrário também é de risco, salienta a nutricionista. 

“A glicose é fundamental para conseguir (ter) energia, todo nosso corpo precisa dela, mas o cérebro é o principal consumidor dessa glicose. Sem a energia adequada, o corpo passa a economizar, assim como o celular quando a bateria está quase acabando”. 

Entrevistada: @nutri.paulacarretti no Instagram

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