O chocolate, um dos alimentos mais amados do mundo, é frequentemente visto como um vilão nas dietas de emagrecimento. Abril chegou, a Páscoa se aproxima e muita gente tem dúvida: dá para emagrecer comendo chocolate?
Estudos recentes têm mostrado que o chocolate, especialmente o amargo, pode trazer benefícios surpreendentes para quem busca perder peso.
"O chocolate amargo, especialmente o com alto teor de cacau, quer dizer, com 70% ou mais, pode, sim, trazer benefícios ao processo de emagrecimento. Ele pode ajudar devido ao efeito termogênico provocado pela cafeína e teobromina, substâncias presentes no chocolate que são capazes de estimular o organismo a aumentar a queima de calorias", explica a médica nutróloga Sabrina Guerreiro.
O chocolate amargo também possui flavonoides e polifenóis, que, além de termogênicos, tem ação antioxidante e anti-inflamatória, agindo de modo a contrabalancear o efeito inflamatório da gordura corporal. Outro fator benéfico é a liberação de endorfinas, que podem ajudar a reduzir o apetite.
"Porém, o chocolate deve ser consumido com moderação, pois contém calorias e açúcares. Se consumido em excesso, pode levar ao aumento de peso", complementa a especialista.
Qual é o chocolate mais indicado para quem quer emagrecer?
A médica diz que os chocolates amargos, com 70% ou mais de teor de cacau, são os mais indicados, pois contém menos açúcares que os demais, como os tipos ao leite e branco, e maior concentração das substâncias saudáveis do cacau, como os flavonoides, que são antioxidantes e favorecem não só a saúde cardiovascular como ajudam no controle do peso.
Qual é a quantidade ideal de consumo diário de chocolate?
Para a saúde em geral, não se deve consumir mais de 30 gramas de chocolate amargo ao dia. "Essa quantidade é suficiente para obter os benefícios desejados sem exceder a quantidade de calorias e açucares. Porém, a quantidade a ser consumida e a frequência devem ser determinadas individualmente por um nutrólogo, levando em consideração os objetivos, como emagrecimento e longevidade, presença de comorbidades, nível de atividade física e rotina alimentar", conclui a médica.