Comida 'para viagem' dobra o risco de obesidade, diz estudo

Pessoas expostas a muitos restaurantes que servem comida para viagem são 80% mais propensas à obesidade

18 mar 2014 - 14h41
(atualizado às 14h44)
<p>Consumidores que são mais tentados a comprar alimentos neste sistema, geralmente presente em redes de fast food, comem 40 gramas extras de alimentos altamente calóricos</p>
Consumidores que são mais tentados a comprar alimentos neste sistema, geralmente presente em redes de fast food, comem 40 gramas extras de alimentos altamente calóricos
Foto: Getty Images

Pessoas que moram perto de restaurantes que trabalham com o sistema “para viagem” - ou seja, você compra, paga e leva para comer onde bem entender - comem mais junk food e são quase duas vezes mais propensas à obesidade. Os dados são do jornal britânico Daily Mail. 

Consumidores que são mais tentados a comprar alimentos neste sistema, geralmente presente em redes de fast food, comem 40 g extras de alimentos altamente calóricos – o que equivale a metade de uma porção pequena de fritas do McDonald’s – toda semana, quando comparados com quem consome o alimento no local comprado.

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Trabalhar perto de uma lanchonete de fast food traz grandes problemas, bem como tê-los perto de casa. A pesquisa, publicada na versão online do British Medical Journal, envolveu 5.442 adultos de Cambridgeshire, entre 29 e 62 anos.

Em média, as pessoas estão expostas a 32 locais que servem comida para viagem – nove delas na própria vizinhança e 14 próximo do trabalho.

Existem 48% mais locais deste tipo e redes de fast food próximas do trabalho do que perto de casa, diz o estudo.

Os pesquisadores examinaram a quantidade de comida para viagem ingerida pelas pessoas e, para isso, usaram questionários para alimentos como pizza, hambúrguer, frituras e batatinhas. Eles também usaram o Índice de Massa Corporal (IMC) como uma medida do seu peso.

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Os resultados mostraram que as pessoas expostas a muitos restaurantes que servem comida para viagem eram 80% mais propensas à obesidade e 20% mais suscetíveis a ter um IMC mais alto. Eles também relataram consumir três ou mais dos tipos de comida listados.

Os pesquisadores afirmam que, comparadas às pessoas menos expostas a estabelecimentos deste tipo, o consumo adicional era de 15%. “Em uma semana, isso se traduz em um adicional de 39.9 g de comida para viagem. Esta quantidade semanal constitui mais do que a metade de uma pequena porção de fritas do McDonald’s”, dizem.

Ao longo da última década, o consumo de comida fora de casa aumentou 29%, enquanto que no mesmo período o número de restaurantes com comida para viagem aumento dramaticamente. Segundo os especialistas, isso contribui para aumentar os níveis de sobrepeso e obesidade.

Thomas Burgoine, líder do estudo, ressalta que os alimentos ingeridos fora tendem a ser menos saudáveis do que os preparados em casa. “É claro que existem muitos fatores que contribuem para o risco de uma pessoa desenvolver a obesidade”, disse, observando que, em todo caso, o estudo mostra novas evidências que de há alguma relação entre o número de restaurantes de comida para viagem e o consumo.

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Ele acredita que, no futuro, este tipo de pesquisa pode ajudar a desenvolver estratégias efetivas de combate à obesidade.

Segundo Tracy Parker, da British Heart Foundation, esta á uma tendência preocupante. “Um quarto dos adultos no Reino Unido já é obeso, o que os coloca em maior risco de doença cardíaca”, ressaltou.

Fonte: Terra
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