Uma dieta anti-inflamatória é uma proposta alimentar que visa reduzir a inflamação no corpo. Assim, está relacionada a doenças cardiovasculares, hipertensão, ansiedade, depressão, diabetes (tipo II) e até mesmo alguns tipos de câncer, além de casos de depressão e obesidade.
Quando o corpo está inflamado, ocorrem várias alterações no organismo que funcionam como alertas vermelhos indicando que algo não está bem. Dessa forma, há uma redução na qualidade de vida. Alguns dos indícios são: irregularidades no intestino, oscilação de energia, excesso de oleosidade na pele, que causam espinhas, e até mesmo olheiras.
De acordo com estudos de Harvard Health Publishing, certos hábitos alimentares podem reforçar a condição de inflamação no corpo. Dessa forma, a fim de reduzir ou prevenir a inflamação, as refeições devem ser equilibradas e repletas de alimentos ricos em propriedades antioxidantes. Você deve incluir no cardápio alimentos ricos em gorduras saudáveis (presente em azeite, nozes, amêndoas, abacate e peixes), frutas, verduras e legumes, além de mandioca, batata-doce, abóbora cabotiá, ervas frescas e especiarias.
O que evitar em uma dieta anti-inflamatória:
- Bebidas açucaradas: refrigerantes e sucos de frutas adoçados;
- Carboidratos refinados: pão, massa branca;
- Sobremesas: biscoitos, doces, bolo e sorvete;
- Carnes processadas: peito de peru, mortadela, salsichas;
- Salgadinhos processados: biscoitos recheados, salgadinhos;
- Gorduras trans: alimentos com ingredientes parcialmente hidrogenados;
- Álcool: cerveja, gin, vodca, etc.
O que não pode faltar em uma dieta anti-inflamatória:
Uvas roxas
As uvas contêm compostos vegetais com propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes. E mais: podem diminuir o risco de várias patologias, como doenças cardíacas e obesidade.
Frutas vermelhas
Mirtilos, morangos, framboesas e amoras contêm fibras e antioxidantes com ação no combate a inflamações. E, também, essas frutas não apenas reduzem a inflamação existente, como também preparam as células para responder melhor a qualquer inflamação futura.
Brócolis
Brócolis é rico em vitaminas K e C, fibras e nos minerais potássio e magnésio. Essas propriedades atuam positivamente na prevenção contra o desenvolvimento do câncer.
Ômega-3
Salmão e outros peixes gordurosos são ricos em Ômega-3, que atua na prevenção e tratamento de diversas doenças. A diabete, doenças inflamatórias intestinais, Alzheimer, transtorno bipolar, esquizofrenia e fibrose cística são alguns exemplos.
Além disso, o Ômega-3 também é benéfico em casos de doenças autoimunes, como lúpus, psoríase e esclerose múltipla.
Cúrcuma
A cúrcuma ou açafrão-da-terra é uma saborosa especiaria amarelo-laranja. E, também, tem uma variedade de propriedades terapêuticas, incluindo a anti-inflamatória, antioxidante, antimicrobiana, além de características antissépticas e analgésicas.
Folhas verdes
Espinafre, couve, acelga e rúcula são ricos em antioxidantes, vitaminas e nutrientes, como ácido fólico, fibras e vitaminas A, C, E e K. Vale lembrar que o aumento do consumo de frutas e vegetais tem sido amplamente recomendado. Como um componente-chave de uma dieta saudável, essas folhas ajudam a reduzir o risco de doenças crônicas importantes, como câncer, e doenças cardiovasculares (DCV), as principais causas de morte em todo o mundo.
Abacate
Os abacates são fontes de gorduras saudáveis, que ajudam a reduzir o colesterol e a inflamação nas articulações. Ademais, os abacates contêm vitaminas C, E e K, além de oferecer manganês, selênio e zinco.
Tomates
Os tomates são fonte de "licopeno", que é o pigmento que dá aos frutos vermelhos e rosados. É um nutriente com propriedades antioxidantes associado a benefícios para a saúde, que vão desde a saúde do coração até a proteção contra queimaduras solares e certos tipos de câncer.
Azeite de oliva extra virgem
O azeite contém compostos responsáveis por seus benefícios anti-inflamatórios, antioxidantes e antimicrobianos. Aliás, sua ação anti-inflamatória é tão eficaz que foi comparada ao medicamento "Ibuprofeno".
Chia
As sementes de chia são conhecidas como um superalimento. Elas oferecem todos os nove aminoácidos essenciais e, portanto, são uma proteína vegetal de alta qualidade. Além disso, mais de 80% do teor de carboidratos das sementes está na forma de fibra.
Consultoria: médica nutróloga Dra. Marianna Magri