Entenda a relação do glúten com o emagrecimento

Especialista esclarece que é recomendado eliminar o glúten da alimentação se as pessoas possuem intolerância à proteína, ou seja, celíacos.

21 set 2024 - 23h53
(atualizado em 23/9/2024 às 21h50)

O médico Luis Felipe Paschoali (CRM-SP 146.002 e RQE 114.836) destaca que o glúten não é um vilão do emagrecimento, pois a proteína está presente em diversos alimentos do cotidiano, como cevada, centeio, aveia e trigo. Personalidades famosas como o apresentador Rodrigo Faro e a atriz Gwyneth Paltrow já disseram publicamente que cortaram o glúten da alimentação, apesar de não terem problemas de saúde relacionados ao consumo da proteína.

No entanto, o médico lembra que uma alimentação sem glúten para pessoas que não possuem intolerância ao componente, torna-se uma dieta com menor variedade de alimentos. "Por ser fonte de ferro, vitaminas do complexo B e outros nutrientes, a dieta sem glúten pode contribuir com uma possível insuficiência ou até deficiência nutricional. Algumas opções de alimentos vendidos sem glúten no mercado são altamente processadas e podem conter mais açúcar e gordura que o recomendado, podendo provocar mais malefícios do que benefícios", aponta. Paschoali acrescenta que se o indivíduo deseja emagrecer, ele deve atingir um déficit calórico através da alimentação e da prática de atividade física.

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O glúten e o emagrecimento

Segundo o médico, o glúten está presente em diversos tipos de alimentos, como pão, massas, biscoitos, cerveja, produtos processados e industrializados. Ele explica que se a pessoa possui ou não doença celíaca, e deixa de comer alimentos com glúten, uma das consequências pode ser o emagrecimento caso haja déficit calórico. Contudo, se houver exagero no consumo de alimentos livres de glúten, como o arroz ou batata, por exemplo, e este déficit não for atingido, o indivíduo poderá engordar da mesma forma. "O que emagrece não é retirar alimentos livres de glúten, mas, sim, o déficit calórico", salienta.

Foto: Márcia Piovesan

Dr. Luis Paschoali - Foto divulgação

Conforme Paschoali, dietas sem glúten podem ser tão nutritivas quanto as que têm a proteína. Ele lembra que apesar de reduzir o espectro de variedade de alimentos que a pessoa pode consumir, existem outros que suprem a deficiência nutricional. No entanto, Paschoali reforça que o indivíduo deve suprir as necessidades de macro e micronutrientes ao eliminar os alimentos que possuem glúten. "Isso deve ser feito sempre com acompanhamento de um médico ou nutricionista, por poder haver a necessidade de suplementação nutricional adicional", alerta.

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