Salsichas são alimentos processados considerados nocivos à saúde devido a quantidade de corante, aditivos químicos e sódio. Mas para quem não dispensa um bom hot dog, será que existem opções mais saudáveis?
A resposta é sim! Os tipos disponíveis no supermercado variam de cores, tamanhos, sabores e preços. Se souber pesquisar, é possível ingerir um alimento com menos corante e que ofereça menos riscos à saúde.
O médico nutrólogo Durval Ribas Filho, presidente da ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia) explica que as salsichas pertencem aos alimentos tecnicamente chamados de embutidos. "Nessa categoria de alimento, a presença de muitos produtos químicos artificiais pode estar correlacionada com algum risco a saúde, quando consumidos em excesso", diz.
O profissional conta que as salsichas têm basicamente a mesma composição: são feitas com carnes suínas, bovinas e de aves, miúdos e gorduras de origem animal. "O que muda de uma para outra é a quantidade desses elementos e a presença de outros tipos de proteína (como a de soja e a de leite), amido, água, temperos e aditivos", diz.
"As salsichas de frango e peru são consideradas mais saudáveis. Elas são feitas apenas com carne, miúdos e gorduras de aves, apresentam até 40% de carne mecanicamente separada e têm menos gorduras e sódio, em relação às demais".
A importância de ler o rótulo
Ler o rótulo com cuidado é uma dica valiosa para todos os alimentos industrializados. "É importante que ele tenha um selo de fabricação, que indique que o alimento foi elaborado em um frigorífico inspecionado em nível estadual ou federal", ressalta o nutrólogo.
A lista de ingredientes também merece atenção antes de comprar o alimento: quanto menos itens listados, melhor. Consulte também a tabela nutricional e opte por aquela que tiver menores teores de gorduras totais, gorduras saturadas e sódio.
"Procure um rótulo que indique carne bovina, de peru ou frango inteiros, em vez de carnes processadas mecanicamente e separadas. A ausência de nitratos e nitritos também são sinais positivos a serem observados, assim como uma quantidade mínima de ingredientes", diz os médicos.
Com que frequência a salsicha pode ser consumida?
Durval diz que a relação entre alimentos e saúde se dá, especialmente, pelo aspecto do equilíbrio, da presença dos diferentes alimentos e seus componentes (os nutrientes).
"Portanto, a inclusão eventual da salsicha em uma alimentação equilibrada não representa necessariamente um risco à saúde".
É muito difícil de se estabelecer quantidades fixas, por exemplo, em gramas e na relação com o risco à saúde de determinado alimento. "Eventualmente, ou seja, uma vez por semana, um cachorro-quente ou um espaguete com salsicha, em uma dieta equilibrada, não oferece riscos. A hipótese do risco à saúde aparece no consumo quase diário em dietas pobres em variedade de nutrientes", conclui.