Você já ouviu falar na dieta mediterrânea? Considerada por especialistas como o melhor plano alimentar do mundo, ela é característica das regiões do Mediterrâneo, incluindo países como Grécia, Itália e Espanha.
A sua história remonta a milhares de anos, e suas raízes estão nas antigas culturas grega e romana. Por conta desse contexto, a dieta mediterrânea envolve o consumo de alimentos como frutas, legumes, cereais integrais, azeite de oliva, peixe, frutos do mar, nozes e sementes. Ou seja, opções abundantes nessas regiões.
Na prática, esse modelo alimentar consiste, principalmente, na substituição de alimentos industrializados, altamente processados e congelados, por ingredientes frescos, naturais e saudáveis. Por isso, a dieta traz diversos benefícios à saúde, como o alívio da inflamação do organismo e a melhora do metabolismo.
Riscos do organismo inflamado
Vale lembrar que a inflamação do organismo é um problema sério, que pode trazer inúmeros riscos à saúde, como distúrbios cardiovasculares, hipertensão, ansiedade, depressão, diabetes tipo 2, obesidade e alguns tipos de câncer.
O primeiro passo para evitar a inflamação do organismo é tirar alguns alimentos da rotina. É o caso, por exemplo, de refrigerantes e sucos adoçados, carboidratos refinados (pão e massa branca), sobremesas (biscoitos, doces, bolo e sorvete), carnes processadas (peito de peru, mortadela e salsichas), salgadinhos processados (biscoitos recheados e salgadinhos) e bebidas alcoólicas.
Segundo a nutricionista Adriana Stavro, para reverter o quadro de inflamação do organismo, é importante manter uma alimentação rica em nutrientes e antioxidantes. "A alimentação anti-inflamatória deve fornecer um equilíbrio saudável de proteína, carboidrato, gordura, vitaminas, minerais e fibras, priorizando alimentos com propriedades anti-inflamatórias", explica. Nesse sentido, a dieta mediterrânea pode ajudar.
Dieta mediterrânea na prática
Focada apenas em apenas ingredientes naturais, a dieta mediterrânea está longe de deixar a alimentação sem graça e pouco palatável. Ao contrário: rica em gorduras boas, esse tipo de alimentação fornece mais sabor aos pratos sem prejudicar a saúde.
"Ela tem como base os alimentos in natura, como frutas, legumes, verduras e gorduras boas - azeite e oleaginosas, por exemplo. Além do consumo adequado de proteínas como leite, queijos e frutos do mar", explica a nutricionista Tatiana Amalfi.
Uma boa dica para seguir a dieta no dia a dia, segundo a especialista, é pensar na troca de alimentos. Por exemplo: o chocolate após o almoço pode ser substituído por uma fruta, assim como aquela pizza do final de semana pode ser trocada por um belo prato de salmão grelhado, com azeite e batatas.
É provável que oconsumo calórico nem diminua muito. No entanto, os processos metabólicos do organismo vão acelerar e promover um gasto energético maior. Fator que influencia na perda de peso e na melhora da saúde. "A dieta deveria ser adotada por todas as pessoas que desejam um estilo de vida mais saudável e a prevenção de doenças crônicas", reforça Tatiana.
Ela lembra que, quando evitamos os industrializados como a lasanha ou nuggets congelados prontos, macarrão instantâneo, biscoitos recheados e refrigerantes, automaticamente ganhamos em saúde. "Isso porque estamos eliminando não só calorias, mas gorduras em excesso", finaliza a profissional.