Com médicos proibidos de prescrever esteroides androgênicos e anabolizantes com objetivo estético e de performance, quem costumava fazer uso legal dessas substâncias para potencializar os treinos precisará de novos recursos. A medida não chega a ser um problema, afinal, profissionais de saúde condenam o uso prolongado dessas substâncias. Mas quais as opções disponíveis para quem quer aprimorar o desempenho?
O primeiro ponto é entender que não existe caminho fácil nem curto para alcançar esse objetivo. A dica da nutricionista Renata Brasil, especialista em Nutrição Esportiva de alto rendimento, é simples: aliar treino à dieta e ao descanso.
"Vem a alimentação bem calculada, individualmente, que complementa com os micronutrientes necessários para o seu objetivo, fecha o ciclo de até 48 horas de recuperação de determinado grupo muscular e [tem] o descanso. Inclusive, a hora de descanso é quando ocorre a maior liberação de GH (esteroide muito usado para ganho de massa e redução de gordura corporal), porém em sua forma natural", explica Renata.
Atenção à vasodilatação
O também nutricionista Felipe França lembra que deve haver uma preocupação com a vasodilatação, que possui um papel importante no desempenho esportivo e no ganho de massa muscular. Especialista em Oxidologia e Bioquímica celular, ele pontua que a demanda por oxigênio e nutrientes pelos músculos aumenta e, para atendê-la, os vasos sanguíneos precisam se dilatar para permitir um maior fluxo de sangue e nutrientes.
Quando suplementar a alimentação?
Se o efeito esperado não é atingido apenas com dieta especializada e treino, o indivíduo pode buscar profissionais de saúde que indiquem a suplementação adequada. Como lembra França, “existem inúmeros suplementos como proteínas, creatina e cafeína, que podem ajudar a melhorar a síntese proteica muscular, a força muscular e a resistência física”.
Além disso, a alimentação rica em carboidratos, que podem ser úteis no pré e no pós-treino, contribuem para o ganho de massa.