Basta o exame de sangue apontar deficiência de vitamina D para surgir dúvidas quanto à alimentação, reposição e exposição solar. Como o nutriente é responsável pelo equilíbrio do cálcio e desenvolvimento do esqueleto, vários mitos estão relacionados ao tema. Esclareça suas dúvidas e acerte a dose de vitamina D para que seu filho, seja criança, seja adolescente, cresça de forma saudável.
O déficit de vitamina D só está relacionado à baixa exposição solar.
Mito.
Além da pouca exposição ao sol, existem outros fatores que levam à deficiência do nutriente, entre eles, uma dieta pobre em alimentos com vitamina D e o excesso de uso de protetor solar, que bloqueia a ação dos raios solares.
O sol é a maior fonte de vitamina D.
Verdade
. Por isso, a presença dessa vitamina no sangue sofre variação de acordo com as estações do ano: a concentração é mais alta no final do verão e mais baixa no final do inverno.
A vitamina D é sintetizada na pele.
Verdade.
Quando a pele entra em contato com o sol, sintetiza a vitamina D. Por isso, é importante a exposição solar de, no mínimo, 20 minutos por dia, antes das 10 horas e após as 16 horas, sempre deixando braços e pernas descobertos.
A vitamina D só é encontrada no leite.
Mito.
“Além do leite e seus derivados, o nutriente existe em peixes e carnes vermelhas”, lembra Daniel Magnoni, nutrólogo e cardiologista do Hospital do Coração, em São Paulo.
Quando há deficiência, pode-se repor a vitamina D apenas com alimentação.
Mito.
“Às vezes existe a necessidade de suplementar com remédios”, comenta o nutrólogo.
O excesso de vitamina D no organismo faz mal.
Verdade. Se o resultado do exame de sangue apontar níveis normais, nada de usar remédios como forma de prevenção. A vitamina D é lipossolúvel, ou seja, permanece armazenada na gordura corporal e seu excesso pode ser prejudicial, levando a um aumento de cálcio no sangue, surgimento de cálculo renal e, em idade mais avançada, calcificação das artérias.
“Apesar de não ter uma quantidade diária a ser consumida, é importante lembrar que a alimentação deve ser equilibrada, com a inclusão de carnes, peixes e derivados do leite”, orienta Magnoni.