O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) revelou quais são os quatro alimentos de origem animal mais fraudados nos últimos dois anos, no Brasil. São eles: mel, manteiga, requeijão e pescados.
A lista foi montada a partir das operações deflagradas ao longo de 2022 e 2023, pelo Governo Federal e, segundo informações do g1, o órgão apontou as principais estratégias usadas para fraudar produtos: adição de ingredientes, falsificação nos rótulos e diluição intencional.
Confira as fraudes encontradas:
1. Mel
Considerado puro, é um alimento natural que não deve sofrer adição de nenhum produto, passar por processo de aquecimento ou filtragem. Algumas marcas, no entanto, usam a falsa informação de "mel puro" para enganar os consumidores.
O Ministério da Agricultura identificou a presença de aditivos proibidos e rotulagens incorretas do produto em operações recentes. Só no mês de setembro de 2022, das 140 marcas fiscalizadas, 28 possuíam irregularidades, como adição de açúcar, glucose e frutose de milho.
2. Manteiga
Algumas marcas de manteigas adicionam gordura vegetal para substituir o creme de leite. O Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA), analisou 160 amostras dos produtos apreendidos nos estados de Rio Grande do Sul, Pará e Minas Gerais em junho de 2022. Nova mostras utilizavam gordura vegetal em seus ingredientes.
3. Requeijão
Quando o produto possui adição de amido, é obrigatório que a informação esteja no rótulo com a seguinte descrição: "Mistura de Requeijão e Amido", segundo o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Requeijão.
Se não dizer, é considerado que a empresa cometeu o crime de "fraude econômica". O governo iniciou uma inspeção em empresas fabricantes do produto em março e, das 179 amostras, nove continham amido.
Para ser denominado apenas de "Requeijão Cremoso" no rótulo, o produto deve possuir como ingredientes somente: leite ou leite reconstituído, creme, manteiga ou gordura anidra de leite, também chamada de butter oil.
4. Pescados
Por conta da aparência comum entre alguns peixes e a venda fracionada, muitos comerciantes rotulam espécies mais populares como peixes de alto valor para enganar o consumidor e lucrar mais. Para identificar as fraudes, são recolhidas amostras dos pescados e realizados testes de DNA.
O Ministério da Agricultura analisou 157 bandejas de peixe, entre fevereiro e março. Ao todo, seis marcas cometeram a fraude de substituição de espécie de peixes.