A caipirinha, drinque que leva o nome do Brasil para o mundo, carrega um mistério sobre sua origem. A bebida que mistura cachaça, limão, gelo e açúcar conquista paladares nacionais e internacionais.
Uma das versões da sua criação, reconhecida pelo Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac) e exibida em um trecho de uma matéria do "Fantástico" deste domingo, 13, é que a pintora Tarsila do Amaral foi a inventora da caipirinha. Ela gostava de degustar a cachaça com limão e ganhou o apelido de caipirinha pelo sotaque carregado do interior de São Paulo. Esse também é o nome de uma das suas obras mais conhecidas da pintora.
O drinque teria ganhado sucesso na Semana de Arte Moderna, em 1922, e Tarsila do Amaral, nascida em Capivari, interior de São Paulo, elegeu a caipirinha a bebida oficial do evento. Além disso, no tempo que morou em Paris, no início dos anos 1920, quando estudou na Academia Julian e frequentou ateliês de outros artistas, ela preparava o drink para convidados renomados, incluindo o pintor espanhol Pablo Picasso.
Mais versões sobre a origem da caipirinha
A versão mais antiga diz que um documento escrito pelo engenheiro João Pinto Gomes Lamego, em 1856, registra o relato de um surto de cólera na cidade de Paraty, no Rio de Janeiro. Para tentar combater a doença, os moradores passaram a misturar a água que bebiam com cachaça, limão e açúcar.
Outra versão é de que a caipirinha foi criada em Piracicaba (SP), antes da Gripe Espanhola. No final do século 19, os fazendeiros da região teriam começado a servir o drink em festas e eventos como alternativa ao uísque e vinho importados, que eram mais caros e difíceis de serem encontrados na época.
A verdade é que a origem da caipirinha permanece um mistério e alimenta debates entre historiadores e amantes da bebida. Seja qual for a sua história, uma coisa é certa: a caipirinha é um ícone da cultura brasileira e está presente em momentos especiais que celebram a nossa identidade.