A repercussão de casos malsucedidos da remoção dos terceiros molares, os dentes sisos, acaba trazendo à tona alguns dos riscos que esse procedimento possui. No entanto, também não tem como deixar de lado que essa é uma cirurgia necessária em muitos casos. Por isso, é importante se informar ao máximo sobre seus verdadeiros riscos, como evitá-los e o que fazer caso apareçam.
Para isso, trouxemos Clarice Maia, docente do curso de Odontologia do Centro Universitário Fametro (Unifametro) para explicar um pouco mais sobre a remoção dos dentes sisos. Confira a seguir!
Antes de mais nada, a especialista explica que a remoção dos dentes sisos é uma das cirurgias mais realizadas pelos cirurgiões-dentistas, principalmente os especialistas em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial.
Além disso, os dentes sisos geralmente causam dor e dificuldade de higienização e precisam de remoção quando não há espaço o suficiente, por isso, eles acabam posicionados no local errado. "Inflamação do tecido gengival adjacente, cáries pela dificuldade de higienização e dor local são alguns dos motivos que levam os pacientes a buscar atendimento", explica a professora.
Riscos da remoção dos dentes sisos
De acordo com Clarice, os principais riscos da cirurgia de dentes sisos são fraturas ósseas, ocorrência de sangramento com formação de hematoma, lesão nervosa e infecções pós-operatórias.
Existem condições de risco que também podem aumentar a probabilidade dessas complicações. Esses fatores são:
- idade avançada;
- doenças e condições de saúde que comprometem a imunidade do paciente;
- posicionamento dentário muito profundo, com maior recobrimento ósseo do dente a ser removido.
Para minimizar riscos, o caminho é fazer o acompanhamento e o procedimento com um profissional capacitado, seguindo as recomendações para o pós-operatório. Isso pode incluir, por exemplo, o uso de alguma medicação, como os antibióticos.
O que fazer em caso de complicações?
Se mesmo após seguir todas as orientações, surgirem sinais de complicação, o mais importante é buscar de imediato um especialista. "Tais complicações, quando ocorrem, requerem um adequado e pronto tratamento, o qual pode consistir em um segundo procedimento cirúrgico, como no caso das fraturas ósseas envolvendo a mandíbula, ou de acompanhamento e tratamento clínico, associado ou não a abordagens cirúrgicas, se necessário, como é o caso das infecções e dos hematomas. Infecções após a remoção de terceiros molares precisam de diagnóstico e tratamento precoce, incluindo antibioticoterapia e drenagem cirúrgica, quando necessário", finaliza Clarice.