O Dia dos Namorados, 12 de junho, se aproxima. E ser namorado é uma daquelas coisas que mexem profundamente conosco. Uma outra pessoa experimenta conosco o amor e, também, outras sensações, como descoberta do corpo, carinho, afago, presença, acalento, segurança e, às vezes, ciúmes, insegurança, querer ou não querer. É um turbilhão, mas é algo muito bom.
Os grandes mestres dizem que experimentamos o amor individual a dois para testar o amor maior, porque todos os amores são válidos e reflexos de um amor infinito, divino, que existe sobre nós. Quando amamos um animalzinho de estimação estamos treinando o amor; quando amamos uma pessoa, também; quando amamos um filho, um pai, uma mãe, são treinamentos do amar. Só algo divino ama infinitamente, nós vamos por essas partes menores.
Mas o namoro é delicado, porque ele exige muito mais companheirismo do que outros tipos de amor. Um gato, um cachorro, não vai discutir conosco; pai e mãe vão ser sempre pai e mãe. O namoro, porém, só vai funcionar se cuidarmos, não apenas do amor, mas do aspecto do companheirismo. E, para isso, há uma palavra fundamental: respeito.
Dica: leia nas entrelinhas
Neste Dia dos Namorados, deixo uma dica para o seu relacionamento ficar ainda melhor: não ouça só o que a pessoa está lhe dizendo, ouça o que ela queria lhe falar.
Com muita humildade, comece a perceber que, às vezes, seu namorado, sua namorada, fala: “você só fica nesse seu celular”. A pessoa não está querendo falar do celular, talvez ela esteja dizendo: “eu quero um pouco mais de carinho, cafuné” ou “eu quero que você olhe para mim e diga que minha roupa está bonita” ou “eu quero um beijo, um abraço”.
Talvez a pessoa vire e diga para você “olha, não, não precisa”, mas o que ela realmente quer dizer é “não precisa, porém eu adoraria se você me ajudasse a arrumar a cama para termos uma cama arrumadinha para dormir”.
É necessário ler nas entrelinhas. E se você aprender a ouvir o que foi dito e o que não foi, se aprender a ser generoso na sua avaliação dos erros e a ser muito firme no que você precisa pedir para que a outra pessoa também cresça, seu relacionamento vai melhorar muito.
Dentro desse respeito de ouvir o que não foi dito, mas de entender e generosamente perceber e, inclusive, de aceitar quando você está errado, não há vergonha nenhuma em dizer: “nossa, eu errei, vou tentar melhorar”. Essa frase é mágica.
O amor de namoro, de casamento, de companheirismo é um amor difícil, porque ele é ainda um amor de estar junto quase o tempo inteiro. Transforme isso num exercício de respeito, de adivinhar o que não é dito, de antecipar necessidades e criar presentes e de incansavelmente não desistir até que a harmonia seja restabelecida. Se vocês brigarem, por exemplo, o melhor é não ir dormir. Conversem até lembrarem porque vocês se amam. E, assim, tudo fica bem.
Namastê!