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Dormir menos de 7 horas na gravidez pode afetar o bebê

Grávidas que dormem pouco podem ter filhos com atrasos no desenvolvimento

26 set 2024 - 14h03
Estima-se que 40% das gestantes tenham dificuldade para dormir o suficiente
Estima-se que 40% das gestantes tenham dificuldade para dormir o suficiente
Foto: iStock / Jairo Bouer

Grávidas que não dormem o suficiente podem ter um risco maior de ter filhos com atrasos no desenvolvimento neurológico, de acordo com uma nova pesquisa publicada no periódico Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, da Sociedade de Endocrinologia. 

Ter uma curta duração do sono (CDS), segundo os pesquisadores, significa dormir menos de sete horas por noite.

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Dificuldade para dormir na gravidez 

Estudos estimam que quase 40% das mulheres grávidas tenham curta duração do sono. Isso pode ocorrer devido a mudanças hormonais, desconforto da gravidez, aumento da vontade de fazer xixi e outros fatores. 

As grávidas que dormem pouco podem ter um risco maior de intolerância à glicose, resistência à insulina e diabetes gestacional. Além disso, seus filhos podem estar mais propensos a atrasos no desenvolvimento neurológico que podem afetar o desenvolvimento social, emocional, comportamental, motor, cognitivo (relativo a aprendizado ou raciocínio) ou da fala. 

"Este estudo destaca a importância de gerenciar a saúde do sono durante a gravidez. Ao esclarecer a conexão entre o sono materno durante a gravidez e o desenvolvimento neurológico das crianças, nosso estudo oferece às famílias informações que podem ajudar a promover hábitos mais saudáveis na gravidez e contribuir para o bem-estar da próxima geração", afirmou o médico Peng Zhu, autor principal do estudo da Universidade Médica de Anhui e do Laboratório Chave de Saúde Populacional ao Longo do Ciclo de Vida do MOE, em Hefei, China.

"Melhorar os hábitos de sono durante a gravidez pode prevenir ou reduzir o risco de problemas no desenvolvimento neurológico das crianças." 

Mais de 7 mil pares de mães e filhos

Os pesquisadores analisaram dados de sono de 7.059 pares de mães e filhos nascidos em hospitais diferentes na China. Eles examinaram as crianças para identificar atrasos no desenvolvimento entre 6 meses e 3 anos de idade, e analisaram a relação entre a duração do sono materno e o risco de atrasos no desenvolvimento.

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Eles também avaliaram o papel dos níveis de peptídeo C no soro do sangue do cordão umbilical, um indicador da secreção de insulina fetal. 

Sono da mãe e desenvolvimento do bebê

Veja os principais pontos levantados pelos pesquisadores:

- Dormir pouco durante a gravidez pode estar associado a um risco aumentado de problemas no desenvolvimento neurológico das crianças, afetando suas habilidades cognitivas, desenvolvimento comportamental e capacidades de aprendizado. 

- Meninos parecem ter um risco maior de atrasos no desenvolvimento neurológico quando suas mães experimentam curta duração do sono durante a gravidez, sugerindo que o gênero desempenha um papel crucial na resposta dos filhos aos fatores ambientais durante a gestação. 

- A curta duração de sono durante a gravidez pode afetar o metabolismo da glicose da mãe, influenciando, o ambiente de desenvolvimento fetal. 

- Pode haver uma correlação positiva entre os níveis de peptídeo C no sangue do cordão umbilical e os atrasos no desenvolvimento neurológico dos filhos. Isso indica que o metabolismo da glicose da mãe durante a gravidez pode impactar a secreção de insulina do feto e, consequentemente, seu desenvolvimento neurológico. 

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Fale com seu médico

"A saúde pré-natal é importante não apenas para a futura mãe, mas também para a saúde a longo prazo do bebê", concluiu Zhu. Por isso, é importante que as gestantes comuniquem eventuais problemas para dormir para seus médicos, a fim de que discutam juntos  estratégias para melhora do sono. 

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