A endometriose é uma doença inflamatória que atinge de 10% a 15% das mulheres em idade reprodutiva. Ela causa cólica menstrual intensa e outros sintomas que podem incapacitar as mulheres de exercerem suas atividades habituais, inclusive a prática de atividade física.
Assim, quem sofre com a doença pode querer deixar de realizar exercícios físicos em razão dos sintomas da endometriose. No entanto, a prática regular de atividades físicas pode reduzir o desconforto provocado pelas cólicas fortes.
O especialista em endometriose e colaborador do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, Dr. Patrick Bellelis, explica que o exercício físico estimula a liberação de endorfina, um neurotransmissor que contribui para o bem-estar e alívio das dores.
"Além disso, a atividade física regular promove o fortalecimento muscular, o que pode oferecer suporte estrutural e aliviar a tensão nas áreas afetadas pela endometriose", completa o ginecologista.
Exercícios para endometriose
De acordo com o especialista, práticas como yoga e pilates podem auxiliar no tratamento da endometriose. Essas atividades, além de reduzir os sintomas físicos, também podem ajudar a amenizar o estresse e a ansiedade frequentemente associados à condição.
Além disso, exercícios aeróbicos, como caminhadas e corridas leves, têm apresentado resultados positivos na redução da dor e na melhoria de anormalidades posturais associadas às dores pélvicas causadas pela endometriose.
No entanto, antes de iniciar um regime de exercícios, é aconselhável consultar um profissional de saúde. Ele irá orientar sobre as práticas mais adequadas e seguras. Segundo Bellelis, qualquer atividade deve ser personalizada e adaptada à gravidade dos sintomas e à capacidade física da paciente.
"A relação entre endometriose e atividade física revela-se um campo promissor para o gerenciamento integrado dessa condição. Ao incorporar exercícios regulares como parte do plano de cuidados, mulheres podem experimentar melhorias significativas em sua qualidade de vida, fornecendo uma abordagem holística e multidisciplinar no enfrentamento da doença", conclui o especialista.