Quantas vezes já não ouvimos os idosos da nossa família falarem que não vão beber água à noite, pois têm receio de terem que se levantar de madrugada para urinar e caírem? Apesar da decisão, o gerontólogo Alexandre Kalache alerta que os familiares deveriam insistir na ingestão do líquido antes de dormir. Entenda:
Perigo de AVC
Em entrevista à TV Brasil, o especialista contou que o idoso não sente sede e isso é um processo natural do passar do tempo. Junto a este fator, ele também sente receio de levantar durante suas horas de sono. "Ele fica dominado pela seguinte ideia: 'À noite, eu não vou tomar líquido porque tenho que acordar para fazer xixi'", detalhou. Por outro lado, isso pode ter uma certa consequência.
"Não se hidratando à noite, o sangue dele pode ficar mais espesso. E os acidentes vasculares, também conhecidos como derrames, se dão, em geral, de manhã, porque seu sangue ficou espesso e não consegue circular", explicou, ressaltando que é necessário beber água depois das seis da tarde.
Quantos litros de água o idoso deve beber por dia?
Segundo especialistas, idosos saudáveis devem beber, aproximadamente, dois litros de água por dia. Isso porque a recomendação é que sejam consumidos 30 ml de água por quilo de peso corporal. Entretanto, o ideal varia de acordo com o perfil de cada paciente. Sendo assim, se faz necessária a avaliação com um profissional da saúde de forma individual.
Idosos devem fazer musculação intensa
Outro assunto que não é tão falado é a importância de os idosos fazerem musculação intensa. Veja um pouco da matéria abaixo e para lê-la por completo.
A Universidade de Copenhague ficou curiosa se treinos de força, como musculação e levantamento de peso, poderiam ter efeitos a longo prazo e conseguiriam minimizar a perda de musculatura e de força em pessoas idosas. Para isso, chamaram 451 idosos saudáveis para participar de um programa que duraria um ano. Eles os dividiram em três grupos.
Um deles treinou com supervisão em uma academia três vezes por semana, usando uma carga que variava entre 70% e 80% do peso máximo e realizando três séries de exercícios com seis a doze repetições. Para o segundo, prescreveram exercícios moderados, com 50% a 60% da carga máxima, utilizando materiais mais leves, como faixas elásticas. Já o terceiro serviu de grupo controle e não seguiu nenhum treinamento especial.
Para chegar aos resultados, avaliaram os voluntários no começo, quando completaram 12 meses, depois de dois anos e quatro anos. Ao fim, todos tinham perdido massa magra e força. Porém, os que treinaram mais intensamente estavam com a mesma capacidade do início. "Isso ocorreu porque o treino aumentou a força de forma significativa. Então, mesmo com a queda, conseguiram manter o que tinham", explica o profissional de educação física, Everton Crivoi do Carmo.